Irã promete apoio a quem enfrentar Israel


Líder supremo da república islâmica indica que grupos como o Hezbollah reagirão a eventual ataque contra instalações nucleares iranianas


TEERÃ - Em discurso transmitido em cadeia nacional, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou ontem que apoiará qualquer país ou grupo que enfrente Israel. Um ataque ao Irã, continuou Khamenei, prejudicaria "dez vezes mais" os interesses dos EUA no Oriente Médio do que o país persa.
Aiatolá Ali Khamenei, afirmou ontem que apoiará qualquer país ou grupo que enfrente Israel - AP
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Aiatolá Ali Khamenei, afirmou ontem que apoiará qualquer país ou grupo que enfrente Israel
Os comentários do líder supremo foram feitos em meio a novas declarações de autoridades de Israel sobre a possibilidade de uma ação militar para frear as ambições nucleares do Irã. Khamenei estaria indicando que seus aliados na região, como o grupo xiita libanês Hezbollah, entrarão em cena caso israelenses e iranianos se enfrentem.
Se houver um conflito, continuou o líder supremo da república islâmica, o Irã sairá ainda mais forte do conflito. "Não vamos nos retirar. E então o que ocorrerá? A hegemonia do Ocidente e as ameaças serão desacreditadas. A hegemonia do Irã será promovida. Na verdade, isso (a guerra) seria em nosso benefício", afirmou Khamenei no auditório da Universidade e Teerã.
Esta semana, o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, afirmou que o mundo está cada vez mais preparado para a guerra contra o Irã. Moshe Yaalon, vice-premiê israelense e chefe da pasta de Assuntos Estratégicos, disse que as principais instalações de Teerã ainda são vulneráveis a ataques aéreos – ainda que a nova central de enriquecimento de urânio, em Qom, tenha sido construída sob uma montanha. Nas entrelinhas, Yaalon indicou que a oportunidade para conter o programa nuclear iraniano está sendo desperdiçada.
Os EUA temem que, se Israel atacar o Irã, a resposta também virá contra tropas e alvos americanos no Oriente Médio. Na semana passada, o chefe do Mossad, Tamir Pardo, viajou aos EUA. / REUTERS

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