TJ-SP chama de levianas declarações do presidente da OAB sobre precatórios


Ophir Cavalcante afirmou na semana passada que situação da dívida paulista era 'caso de polícia'; em nota, o presidente da corte, Ivan Sartori, criticou as palavras 'bombásticas e destrutivas'


Fausto Macedo, de O Estado de S.Paulo
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) classificou de "levianas" declarações do presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, sobre o extraordinário estoque de precatórios alimentares e indenizatórios na corte paulista.

Para Sartori, declarações "não se coadunam com a relação amistosa" entre o Judiciário e a OAB - José Patricio/AE - 06/02/2012
José Patricio/AE - 06/02/2012
Para Sartori, declarações "não se coadunam com a relação amistosa" entre o Judiciário e a OAB
Na semana passada, Ophir Cavalcante disse que a situação dos precatórios no TJ-SP não são um caso de Justiça, mas um caso de polícia. "Os precatórios em São Paulo não são mais caso de Justiça, mas caso de polícia", disse textualmente o dirigente máximo da classe dos advogados.
Segundo a OAB, 40 mil credores em São Paulo "aguardam um simples despacho para integrar a fila de preferências para recebimento de créditos, idosos e pessoas com doenças graves, sem ter qualquer resposta do Estado".
Ophir Cavalcante fez tais declarações na última sexta feira, depois de se reunir com a ministra corregedora Nacional de Justiça, Eliana Calmon, e representantes do Tribunal de Justiça paulista e de outros tribunais que já participaram do programa do Conselho Nacional de Justiça de apoio à estruturação da área de precatórios.
A OAB calcula que chega a R$ 22 bilhões o total da dívida dos precatórios em São Paulo.
Em nota divulgada na tarde desta segunda feira, 27, a presidência do maior tribunal estadual do País rechaça a acusação de Ophir Cavalcante. "Declarações bombásticas e destrutivas como aquelas lançadas pelo presidente do Conselho Federal da OAB não se coadunam com a relação amistosa entre o Judiciário e a gloriosa classe dos advogados".
A nota foi distribuída por ordem do presidente do TJ-SP, desembargador Ivan Sartori, que não aceita os termos empregados pelo presidente da OAB com relação à atuação da corte paulista no setor de precatórios.

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