Tucanos tentam barrar aliança entre Kassab e PT em São Paulo


Governador Geraldo Alckmin cria força-tarefa para evitar fim da aliança que administra o Estado e, de novo, convencer Serra a disputar eleição


Julia Duailibi, de O Estado de S.Paulo, Gustavo Uribe e Daiene Cardoso, da Agência Estado
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), articulou uma força-tarefa para evitar que seja viabilizada a aliança PT-PSD, apoiada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na eleição pela Prefeitura paulistana neste ano.
Alckmin delegou a quatro de seus secretários com bom trânsito político (Casa Civil, Planejamento, Habitação e Desenvolvimento Metropolitano) a função de intensificar as conversas com Kassab, que anunciou na segunda-feira, 30,  a formalização da proposta de aliança com o PT. Também chamou nesta semana parlamentares a seu gabinete para pedir que conversem tanto com o prefeito quanto com o ex-governador José Serra, na esperança de que ele reverta sua decisão de não entrar na disputa municipal.
Alckmin disse a interlocutores estar preocupado com a viabilidade eleitoral dos quatro pré-candidatos tucanos - Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia) e o deputado Ricardo Tripoli -, que se inscreveram nas prévias, principalmente num cenário sem o apoio de Kassab.
Para fechar a aliança com os tucanos, Kassab coloca como condição que o PSDB apoie o vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD). O prefeito havia pedido aos tucanos uma resposta em janeiro, o que não aconteceu. Paralelamente, iniciou conversas com o PT.
Nessa terça-feira, 31, Afif falou pela primeira vez da pré-candidatura. A declaração do vice-governador, que resistia a se declarar pré-candidato sem o apoio do PSDB, atende à estratégia de Kassab de pressionar os tucanos pela aliança. Em mensagem no Twitter, disse: "Aceitei ser pré-candidato a prefeito de SP pelo PSD". Mas escreveu que ainda acredita na aliança entre PSD e PSDB.
O grupo ligado a Serra defende a aliança com Afif e continua descartando a entrada do ex-governador na disputa. O tucano que ser candidato a presidente em 2014 e um dos cenários apontados por seus aliados é a saída dele do PSDB rumo ao PPS, onde poderia colocar em prática seu projeto político nacional.

Postar um comentário

0 Comentários