Escuta complica novo senador




Telefonema interceptado pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo mostra o contraventor Carlinhos Cachoeira conversando com um de seus aliados sobre um acordo que teria sido firmado com Wilder Morais (DEM-GO), herdeiro da vaga de Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) no Senado. As gravações não deixam claro quais seriam os termos desse acordo e quando ele teria sido feito.
Demóstenes foi cassado anteontem por envolvimento com o contraventor, acusado de corromper políticos e de chefiar esquema de jogos ilegais em Goiás.
Na ligação, de maio do ano passado, Cachoeira orienta o ex-vereador tucano de Goiânia Wladimir Garcez, apontado pela PF como elo da organização com políticos, sobre uma reunião que teria com Wilder. Eles discutem como abordar o suplente de senador, que estaria “falando mal” de Cachoeira. “Tinha um acordo aí. Pode falar do acordo meio a meio?”, pergunta Garcez a Cachoeira.
Na ocasião, Wilder já era secretário de Infraestrutura de Goiás, nomeado pelo governador Marconi Perillo (PSDB). No diálogo, o ex-vereador também indaga Cachoeira se deve “jogar na cara” do suplente a ajuda dada pelo contraventor, que responde: “Se tiver oportunidade, você joga”.
JT procurou Wilder, mas sua assessoria informou que ele está de férias na praia e só deve assumir dia 25. O presidente do DEM, Agripino Maia (RN), afirmou que cobrará explicações de Wilder.

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