Polícia aprova demissão de sete acusados de extorsão



Folha de São Paulo

A cúpula da segurança pública de São Paulo aprovou a proposta de demissão de dois delegados e cinco investigadores acusados de extorquir dinheiro de cúmplices do traficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadia.
A demissão só será oficializada após decisão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) sobre os dois delegados.
Dos sete acusados, quatro eram do departamento de narcóticos --delegado Pedro Luiz Pórrio e os investigadores Hélio Basílio dos Santos, Francisco Carlos Vintecinco e Ricardo Amorelli.
Os outros três eram do Detran --delegado Elmo Vieira Ferreira e os investigadores Oswaldo Arildo Parra Júnior e Severino Amâncio da Silva.
Segundo o Ministério Público, em 2007, os policiais exigiram da mulher do empresário Daniel Maróstica, apontado como testa de ferro de Abadia, R$ 45 mil em dinheiro e R$ 26 mil em cheques para deixar em dia a documentação de um carro apreendido com ela.
O delegado Pedro Luiz Pórrio, 62, negou ter cometido extorsão. "Trabalho há 20 anos como delegado. Nunca fiz nada de errado", afirmou.
A defesa dele diz que não há elementos que sustentem a acusação. A reportagem não localizou os outros acusados nem seus advogados.
Abadia, preso em 2007, disse que pagou R$ 2 milhões de propina para policiais corruptos. Em 2009, o traficante foi extraditado para os EUA.

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