Brasília - O Ministério das Relações Exteriores anunciou na noite de ontem (25) a doação de US$ 2 milhões para auxílio à população e ao governo do Haiti no combate à epidemia de cólera registrada este mês. O dinheiro será utilizado para a compra de remédios e para o fornecimento de equipamentos hospitalares.
O Brasil vai
enviar também dois médicos epidemiologistas, que devem chegar ao Haiti ainda
esta semana para ajudar as autoridades locais a montar uma estratégia contra a
doença.
Por meio de nota,
o Itamaraty informou ainda que o Ministério da Saúde estuda a transferência de
recursos autorizados por crédito extraordinário para o escritório da
Organização Pan-Americana da Saúde no Haiti.
As medidas foram
tomadas em reunião coordenada pelo ministro das Relações Exteriores, Celso
Amorim, com participação de representantes dos ministérios da Saúde e da Defesa
e do embaixador do Brasil no Haiti, Igor Kipman.
O governo
brasileiro já havia anunciado, no último sábado (23), o envio de técnicos do
Ministério da Saúde e de medicamentos e material hospitalar ao Haiti. Também
por meio de nota, o Itamaraty informou que “o governo brasileiro acompanha com
preocupação” os casos de cólera nas regiões de Mirebalais e Saint Marca –
localizadas a cerca de 100
quilômetros da capital haitiana, Porto Príncipe.
A Embaixada do
Brasil no país informou que o comandante militar da Missão das Nações Unidas
para a Estabilização no Haiti (Minustah), general Luiz Guilherme Paul Cruz, e o
representante especial adjunto do secretário-geral das Nações Unidas para o
Haiti, Nigel Fisher, já se deslocaram para as áreas mais afetadas. O objetivo é
elaborar um plano de contingência caso a infecção atinja a capital.
Autoridades
haitianas calculam em 250 as mortes provocados pela doença até o momento, além
de um total de 3.342 infecções.
O terremoto que
atingiu o Haiti em 12 de janeiro deste ano deixou cerca de 1,5 milhão de pessoas
sem teto e matou cerca de 250 mil. Até hoje, milhares vivem em acampamentos,
sem saneamento básico e com acesso limitado à água potável. Uma das hipóteses é
que o surto de cólera tenha sido provocado pelo consumo de água contaminada do
Rio Artibonite.
0 Comentários