Complexo do Alemão amanhece tranquilo; Bope dobra número de policiais

A segunda-feira amanheceu com uma aparente tranquilidade no Complexo do Alemão (zona norte do Rio de Janeiro). De acordo com o comandante do Bope (Batalhão de Operações Especiais), tenente-coronel Paulo Henrique Moraes, não houve confronto durante a madrugada. Mesmo assim, a corporação dobrou o número de policiais.

"O Bope trabalhou, essa noite, com 90 homens. Agora estão chegando mais 90", explicou Moraes, que acredita que o dia será tranquilo. Moradores saem para trabalhar normalmente, apesar de muitos ainda estarem sem energia elétrica e sem água. Algumas pessoas relataram à Folha que já perderam alimentos por causa disso.

A polícia ocupou o Complexo do Alemão praticamente sem resistência dos traficantes na manhã de domingo (28), após uma série de atentados ocorridos na cidade desde o dia 21, com 106 veículos queimados. Na quinta-feira, policiais já tinham entrado na Vila Cruzeiro, favela vizinha ao complexo.

A secretaria divulgou uma estimativa de que 20 pessoas foram presas no domingo, com a utilização de 2.700 homens das polícias Militar e Civil, além das Forças Armadas.


O balanço parcial também aponta que foram apreendidos de 50 fuzis e 40 toneladas de maconha. Não foi divulgado o número de mortos e a quantidade de cocaína apreendida.

Até as 13h deste domingo, havia o registro de pelo menos 50 pessoas mortas na onda de violência que começou há uma semana. Deste total, foram 36 mortes de suspeitos registradas pela PM, 7 mortes registrados pela Polícia Civil e 7 registradas pelos hospitais públicos do Rio.

O secretário José Mariano Beltrame, afirmou em entrevista coletiva no domingo que a polícia vai continuar ocupando o Complexo do Alemão. Ele disse também que a ocupação policial irá se estender às favelas da Rocinha e do Vidigal, para onde traficantes podem ter fugido, segundo rumores.

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