EDITORIAL

   do Jornal da Estância 

                          Nova Presidente Velhos Problemas.
Ninguém encontra respostas, ninguém consegue explicar, num piscar de olhos todos os caminhos desaparecem, varrendo bens materiais, destruindo histórias e deixando os que ficam completamente sem perspectiva.
As fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio deixaram para traz um cenário de guerra só visto em catástrofes de primeira grandeza, casas destruídas, deslizamentos, lama por todos os lados, angústia, tristeza pelos mais de 700 mortos e medo, medo do futuro.
A natureza mostra aos poucos sua força e minimiza o “poder” do homem, sem discriminação ela vem cobrar algo que lhe fora tirado, talvez por ambição, falta de planejamento, má distribuição de renda, falta de opção.  Nessa hora o dinheiro não vale nada.  Ricos e pobres se juntam entre as vitimas.
Será que esta tragédia cairá no esquecimento, como tantas outras?  É claro que sim.  Em um mundo tão dinâmico não há tempo para bater na mesma tecla, “vida que segue”, com certeza é bem mais fácil para quem está no outro lado da TV, ou mesmo em seus luxuosos gabinetes em Brasília.  Amanhã, vamos falar de Ronaldinho Gaucho no Flamengo, do BBB 11 etc. etc. etc.
Hoje ao colocar a cabeça no travesseiro pense por um minuto naqueles que perderam tudo, nos que não estão mais entre nós, nas famílias inteiras destruídas, gente que morreu sem ter chance de se salvar.  É preciso cuidar das pessoas com políticas e prevenção, barrando o crescimento desordenado.  Citamos como exemplo a cidade de Gramado no Rio Grande do Sul que é referência em políticas públicas de prevenção a catástrofes.  Cuidar do planeta não pode ser demagogia, e sim prioridade, tanto dos cidadãos quanto dos governantes.  Pode demorar, mas a natureza uma hora vem cobrar a fatura, e nem sempre o homem tem como pagar.

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