Dilma tem aprovação igual ao começo de Lula

Folha de S.Paulo
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff é aprovada por 47% dos brasileiros, segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 15 e 16 deste mês.
Com essa taxa de popularidade, iguala-se ao recorde registrado por Luiz Inácio Lula da Silva nesta mesma época no segundo mandato de seu antecessor no Planalto.
Lula teve 43% de aprovação no terceiro mês de seu primeiro mandato, em março de 2003. Depois, bateu um recorde de aprovação presidencial em início de governo em março de 2007, com 48%.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Ou seja, Dilma com seus 47% hoje se iguala tecnicamente aos 48% de Lula em 2007. Desta vez, o instituto entrevistou 3.767 pessoas em 179 municípios.
Dilma supera em popularidade todos os antecessores de Lula, segundo o Datafolha, quando se considera esta fase inicial do mandato. O instituto faz pesquisas nacionais desde 1990. Em junho daquele ano (a posse então era em março), Fernando Collor tinha 36% de aprovação. Itamar Franco, que assumiu após o processo de impeachment de Collor, teve 34% depois de três meses.
Fernando Henrique Cardoso, eleito em 1994 e reeleito em 1998, no início de seus governos teve aprovação de 39% e 21%, respectivamente.
Na pesquisa, o Datafolha registra 7% que consideram a gestão de Dilma ruim ou péssima. Outros 34% a classificam como regular e 12% não souberam opinar.
Diferenças
Há poucos aspectos negativos para Dilma no levantamento. Mas há alguns sinais que a diferenciam de Lula.
Quando o Datafolha indagou aos entrevistados sobre quem são os mais favorecidos no governo Dilma, no topo da lista, com 23%, aparecem os políticos. Os trabalhadores vêm a seguir, com 17%. No mesmo patamar estão indústria (14%) e bancos (13%).
Lula, em 2003, exalava uma imagem diferente: para 31%, os mais beneficiados pelo antecessor de Dilma eram os trabalhadores. Em seguida, vinham a agricultura (20%) e os políticos (13%).
20/03/2011

Prefeitura falha ao marcar ultrassom de grávidas

http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/ult10103u891234.shtml

Lua de mel

Decorridos cinco meses desde o segundo turno presidencial, Dilma Rousseff conquistou a confiança de parcela expressiva dos eleitores do PSDB e de José Serra. Na primeira pesquisa Datafolha de avaliação do novo governo petista, apenas 15% dos entrevistados que manifestam preferência pela sigla tucana e votaram no seu candidato consideram a administração ruim ou péssima, e 31% a classificam como boa ou ótima. O desempenho da presidente é regular para 45% dos que se declaram tucanos e para 41% dos que optaram por Serra em 2010.



É o mínimo Eleitores do PDT, cuja bancada rachou na votação do salário de R$ 545, dão maior aprovação a Dilma (45% de ótimo e bom e 31% de regular) que os simpáticos ao fiel PMDB - 40% e 42%, respectivamente.

É o máximo Entre os petistas, a presidente obtém 56% de conceitos ótimo e bom e 32% de regular. Só 2% consideram seu início de mandato ruim ou péssimo. Os que declaram ter votado em Dilma dão a ela aprovação similar: 57% de bom e ótimo, e 30% de regular.

Colateral1 Em pelo menos um aspecto, Aécio Neves poderá se beneficiar do jogo do serrista Gilberto Kassab, adversário, no DEM, justamente da ala mais próxima do senador tucano. Ao arrastar Guilherme Afif para seu novo partido, o prefeito ajudará a manter Geraldo Alckmin amarrado a São Paulo.

Colateral 2 Com um vice acoplado ao projeto daquele cujo objetivo maior é tirar-lhe a cadeira, o governador não teria condições de deixar o cargo, em 2014, para se lançar em campanha nacional.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2003201101.htm

Barros Munhoz é acusado de pagar pizzas com dinheiro da educação

Deputado deu jantar para 285 convidados com recursos de fundo

SILVIO NAVARRO
FLÁVIO FERREIRA
FERNANDO GALLO
DE SÃO PAULO

O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Barros Munhoz (PSDB), é acusado numa ação judicial de usar verba destinada à educação para pagar um jantar de confraternização para 285 pessoas em uma pizzaria.
O evento ocorreu em outubro de 2004. À época, o deputado era prefeito do município de Itapira (SP).
O Ministério Público denunciou o tucano por ter assinado um cheque no valor de R$ 2.850 nominal à Choperia e Pizzaria Don Rossi. A verba pagou "285 refeições tipo rodízio", segundo a nota fiscal emitida pela pizzaria.
Barros Munhoz afirma que o restaurante foi contratado para uma comemoração do Dia do Professor, em procedimento administrativo legal (leia texto nesta página).
Em outra denúncia, o deputado é acusado de participar do desvio de R$ 3,1 milhões da prefeitura em 2003, conforme revelou a Folha.
A ação corre em segredo de Justiça para proteger os sigilos bancários dos envolvidos. Barros Munhoz, que teria se beneficiado de R$ 933 mil, nega ter participado do suposto esquema de desvios.

EDUCAÇÃO
O sistema de acompanhamento dos gastos municipais indicou que o dinheiro pago à pizzaria saiu da conta do antigo Fundef, hoje chamado de Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).
As contas do Fundeb devem ser destinadas exclusivamente a gastos com educação. Cerca de 60% do dinheiro do fundo é utilizado para o pagamento do salário de professores da rede pública.
No Estado de São Paulo, o Fundeb é composto por recursos do governo e dos municípios. As verbas para cada cidade são distribuídas de acordo com o número de matrículas. O sistema já funcionava assim em 2004.
O cheque assinado por Munhoz, a nota fiscal da pizzaria e um extrato de origem e destino do cheque foram encaminhados em 2007 à Promotoria pelo governo municipal. Desde 2005, a Prefeitura de Itapira é comandada por um grupo de oposição a Munhoz.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2003201120.htm
OUTRO LADO
Deputado diz que despesas foram legais

DE SÃO PAULO

Barros Munhoz afirmou, por meio de nota assinada por sua assessoria, que a pizzaria foi contratada para a comemoração ao Dia do Professor com a rede municipal, e que a contratação seguiu procedimentos legais.
Segundo ele, os documentos juntados pelo Ministério Público comprovam que a contratação foi precedida de procedimento administrativo, empenho de valores e ordens de pagamento.
"Isso já seria prova suficiente de que não houve tentativa de lesão ao erário", diz.
O presidente da Assembleia afirmou não ter tomado conhecimento, à época, "de que houve o pagamento de jantar dessa natureza com recursos do Fundef".
O deputado argumentou que assinava dezenas de cheques diariamente e que o usado na pizzaria já tinha sido aprovado pelo diretor financeiro da prefeitura.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2003201121.htm

19 de março de 2011 às 22:12

A carta dos alunos de obstetrícia da USP

Pedido de apoio à Graduação de Obstetrícia na Universidade de São Paulo

A saúde da mulher encontra no Brasil números alarmantes. A OMS recomenda que o número de cirurgias cesáreas não ultrapasse 15%, porém, na rede pública brasileira este número alcança a marca de 48% e na rede particular de 70% a 90%. Apesar do incentivo do Ministério da Saúde do Brasil pelo parto normal e pela humanização dos mesmos, as taxas permanecem altas. Sendo assim, em resposta a este quadro, o curso de Obstetrícia foi reaberto na Universidade de São Paulo em 2005, 34 anos depois de sua extinção na mesma universidade.

Ressurgiu determinado a formar profissionais da saúde, capacitados para prestar uma assistência humanizada à população brasileira no que se refere assistência pré-natal, parto e pós parto, compreendendo a saúde da mulher, família e comunidade.

Acreditamos que uma atenção humanizada não é uma especificidade da obstetrícia, certamente profissionais médicos e enfermeiros podem e devem humanizar seu olhar e suas práticas. Contudo, a formação específica de Obstetrícia capacita os profissionais para praticar uma atenção individualizada à mulher e à família, compreendendo-a em seus processos de gestação, parto e amamentação como fisiológico, mas também e igualmente importantes, como processos emocionais, sociais, culturais, espirituais e como sementes para um mundo melhor.

No entanto, apesar de se propor a colaborar com a melhora da atenção a saúde da mulher, desde a sua reabertura, o curso enfrenta muitas dificuldades, dentre elas o impasse em relação a regularização da profissão de obstetriz. No diálogo com as instituições que poderiam regulamentar os profissionais formados nesse curso, viu-se a necessidade de ampliar a formação dos mesmos, o que gerou uma reformulação em sua grade curricular, que a partir de 2011 passa a ser realizado em 4 anos e meio em período integral. Assim, o curso foi tratando de dar respostas, aprender e recordar sempre qual a sua função e a importância que representa na possibilidade de contribuir na melhoria da atenção a saúde no Brasil.

A esses impasses soma-se o fato do curso de Obstetrícia estar situado em um campus recente da USP. Sendo um campus novo, os cursos situados nele têm pouca divulgação e consequentemente menor procura do que cursos tradicionais. Devido a isso, hoje a Obstetrícia enfrenta um problema ainda mais grave do que a regularização de seus profissionais: corre o risco de ter seu vestibular suspenso, o que abre a possibilidade do fechamento do mesmo. Além disso, há também a possibilidade de redução das vagas para acesso ao curso (hoje 60 vagas são disponibilizadas por ano). Entendemos, no entanto, que a realidade da assistência obstétrica no Brasil justifica a manutenção das 60 vagas atuais, permitindo a formação de um maior número de profissionais capacitados na assistência humanizada à saúde da mulher.

Como consequência indireta e não menos importante, a suspensão do vestibular e possível fechamento do curso diminui as chances das pessoas que vivem na Zona Leste de São Paulo, região caracterizada por população de menor poder aquisitivo e, dado o quadro das universidades do Brasil, com menor chances de cursar uma faculdade pública, em geral com maior prestígio no país.

Enfim, estamos falando da possível extinção da profissão Obstetriz e de sua capacidade de mudar a realidade obstétrica brasileira. Hoje os alunos formados podem trabalhar mediante uma ação judicial, porém enfrentam uma oposição das instiuições reguladoras que dificulta o ingresso destes profissionais no mercado de trabalho.

Pedimos, então, o seu apoio para evitar que a Obstetrícia tenha seu vestibular suspenso e sua formação ameaçada. Para isso você deve assinar o texto abaixo, podendo acrescentar comentários pessoais, e depois enviar para o email ajudeaobstetricia@gmail.com

Diante da realidade obstétrica brasileira, com altas taxas de cesárea e morbimortalidade materna, ao contrário das recomendações da OMS, apoio a graduação de Obstetrícia da Universidade de São Paulo, sendo contrário à suspensão de seu vestibular. Da mesma maneira apoio a profissão Obstetriz e sua inserção no mercado de trabalho, uma vez que acredito que este profissional pode alavancar uma assistência humanizada na saúde da mulher, melhorando e ressignificando os processos de gestação, parto e pós-parto.


http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/a-carta-dos-alunos-de-obstetricia.html

Agentes do Metrô e PM reprimem protesto contra aumento do ônibus

Publicado em 18/03/2011, 01:15
Última atualização em 20/03/2011, 01:47
Agentes do Metrô e PM reprimem protesto contra aumento do ônibus
Seguranças do Metrô agiram quando ativistas aproximaram-se das catracas (Foto: Anderson Barbosa/Fotoarena/Folhapress)
São Paulo – A manifestação desta quinta-feira (17) contra o aumento do ônibus em São Paulo terminou em confronto entre ativistas e policiais na estação Anhangabaú, no centro da capital. Ao final do protesto, agentes de segurança do Metrô reagiram violentamente quando manifestantes aproximaram-se para pular as catracas da estação.
Munidos de cassetetes, eles dispersaram o grupo, que incluía usuários que passavam pelo local e até jornalistas que cobriam o fato. A reportagem da Rede Brasil Atual foi impedida de se aproximar de um manifestante cercado por agentes e sofreu empurrões ao deixar a estação.
Na décima semana consecutiva de protestos, após a concentração em frente ao Teatro Municipal e de passar em caminhada diante da prefeitura, os manifestantes pararam o Terminal Bandeira de ônibus por cerca de 15 minutos, ainda no início da noite. Em seguida, caminharam para a avenida Nove de Julho, que ficou paralisada por aproximadamente também uns 15 minutos. O final do ato seria na Rua Formosa em frente ao acesso da estação Anhangabaú do Metrô.
Mas, quando alguns manifestantes se direcionaram para as catracas da estação, com a intenção de tomar a condução sem pagar pela passagem, a reação dos seguranças do Metrô foi truculenta. Durante a dispersão dos manifestantes, uma bomba de gás lacrimogênio estourou próximo aos portões da estação.
O estudante Daniel Makaoskas, de 17 anos, foi atingido no pé enquanto tentava se afastar da estação. "A polícia [agentes de segurança do Metrô chegou e começou a bater em todo mundo, eu tentei correr e não consegui. Uma bomba estorou no meu pé, na calçada na frente da estação", conta. O estudante disse que iria procurar atendimento médico.
Segundo o capitão Amarildo Garcia, que comanda as operações militares, a PM estava no local "garantindo que a tranquilidade fosse restabelecida." Ele nega que a bomba de gás lacrimogênio tenha vindo de seus soldados. "Não houve nenhuma ação da Polícia Militar neste caso; não há o [Batalhão de] Choque aqui, só a força regular", apontou.
Os seguranças do Metrô agiram munidos exclusivamente de cacetetes. Eles não têm autorização para portar outros tipos de armamentos e não têm acesso a qualquer tipo de bomba de efeito moral.

Agressões

O vice-presidente do Movimento População em Situação de Rua, Charles Santos, que chegou no final do ato acompanhando o vereador José Américo (PT), conta que, quando a confusão começou, ele tentou sair do local, mas viu um cinegrafista caído e foi ajudá-lo.
"Dois seguranças do Metrô me bateram com cacetetes nos ombros e no rosto. O que mais indigna é que os policiais viram dois seguranças baterem em mim e não fizeram nada", desabafa.
De acordo com manifestantes, após o confronto naquela estação do metrô, estudantes e usuários que se dirigiram ao Terminal Bandeira para usar o ônibus foram sendo empurrados pela passarela e as escadas do local. "Na saída, tinha pessoas sem uniforme dispersando os usuários com uso de força física e sem identificação nenhuma", acusa um manifestante.
Segundo o ativista, alguns motoristas e cobradores de ônibus chegaram a ajudar os manifestantes a embarcar, para evitar confrontos. Um rapaz foi agredido e desmaiou. Segundo o Movimento do Passe Livre, o jovem foi atendido na Santa Casa de Misericórdia, na região central. Outros manifestantes também foram para o hospital com escoriações e feridas causadas por estilhaços da bomba.
Para o vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, Marcelo Zelic, que acompanhou o protesto, a ação de agentes de segurança da estação Anhangabaú do metrô foi indevida. Ele considera que os seguranças deveriam ter deixado os manifestantes pularem as catracas para evitar problemas.
http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidades/2011/03/agentes-do-metro-e-pm-reprimem-protesto-contra-aumento-do-onibus

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20/03/2011 | RUMO A 2012

PT define candidato próprio à Prefeitura este ano

A decisão por apresentar candidatura própria foi unânime
Notícia publicada na edição de 20/03/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 5 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
Telma Silvério
O PT de Sorocaba definirá seu próprio candidato para prefeito ainda este ano. A decisão por ter concorrente ao Executivo, com a possibilidade de uma chapa "pura", foi tomada na manhã de ontem. Cerca de cinquenta pessoas filiadas ao partido participaram de uma reunião para discutir o assunto, na sede do Sindicato dos Condutores de Sorocaba e Região, na Vila Amélia. "A gente tem a preocupação de resolver isso ainda este ano. Antes de dezembro teremos nosso candidato a prefeito, e não esperar anunciar na convenção que será por volta do mês de abril", destacou Arnô Pereira, vice-presidente do Diretório.
Embora a reunião da Executiva do PT tenha sido apenas para decidir sobre a possibilidade de ter candidatura própria, o representante do partido não escondeu o clima quente que paira no ar, principalmente pelos "boatos" de uma possível aliança com o PMDB, a exemplo do que ocorreu em nível nacional. "Aqui em Sorocaba não dá liga. É como água e óleo. Inviável com o que o partido pensa", ressaltou. A decisão por candidatura própria foi unânime. Ele contou que Hamilton Pereira é pré-candidato e deixou seu nome à disposição, desde que haja consenso. Já Iara Bernardes não anunciou oficialmente seu desejo de concorrer à Prefeitura.
Arnô Pereira explicou que o vereador Francisco França aguarda uma posição do partido. "Por enquanto nenhum nome foi fechado", afirmou. O vice-presidente do PT de Sorocaba explicou que a expectativa do partido é definir um nome em comum. "Na pior das hipóteses haverá eleição com votos dos filiados, mas ainda este ano", ressaltou. Durante o encontro também foi eleita uma comissão para discussões internas e planejamentos. Terça-feira que vem haverá nova reunião da Executiva para elaboração do calendário de trabalho para 2012. Em 9 de abril ocorrerá a próxima reunião do Diretório, adiantou Arnô.
"Espero que o nome saia de um consenso. Estamos apostando nisso", acrescentou. Arnô Pereira ainda destacou a importância de uma chapa pura, que defende para o partido. "E bom porque aumenta o número e cadeiras e ter uma chapa porporcional traz bastante votos", ressaltou. O representante do PT explicou que o assunto deve ser discutido com "bastante seriedade" dentro do partido. "Vamos fazer essa construção o mais rápido possível. É preciso mostrar quem é o candidato, ir construindo, mostrar as diferenças", finalizou ele.
http://portal.cruzeirodosul.inf.br/acessarmateria.jsf?id=279485

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19/03/2011 | ELEIÇÕES 2012

Kassab aponta pré-candidatos do PSD à prefeitura de SP

O futuro Partido Social Democrático (PSD), que nasce a partir de articulações políticas do atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, se movimenta para a disputa das eleições municipais de 2012. Um dos principais focos do partido é a prefeitura de São Paulo, e Kassab revelou neste sábado (19) que já mantém conversas com três nomes que poderiam representar o PSD na disputa. "O meu esforço nos próximos três meses é o de convencer uma dessas três pessoas a assumir essa candidatura. Mas acredito que seja difícil", afirmou o prefeito, em visita ao piscinão da Penha.

Segundo Kassab, os três nomes são: o secretário municipal do meio ambiente, Eduardo Jorge, o ex-secretário estadual de Economia e Planejamento, Francisco Vidal, e o atual vice-governador do Estado de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, um dos fundadores do PSD junto com Kassab. Até o momento, porém, nenhum dos três aceitou a indicação. "Qualquer um dos três seria um ótimo prefeito para a cidade de São Paulo", destacou o político, em conversa com os jornalistas.

A constituição do PSD foi um dos principais temas da política brasileira dos últimos tempos. As articulações para a criação do novo partido duraram mais cinco meses e tiveram o prefeito de São Paulo como um dos seus principais atores. Nos bastidores do meio político, a tese é de que Kassab viabilizou a criação da nova legenda para se cacifar visando à disputa da eleição ao governo do Estado de São Paulo em 2014, o que foi negado pelo político. "Não existe um projeto pessoal por trás desse processo. Buscamos o melhor para o Brasil", rebateu.

Kassab justificou a sua decisão de sair dos Democratas (DEM) à postura do partido nos últimos anos. "O DEM adotou uma postura de errática de ser contra o governo em qualquer momento, e nós temos que pensar no Brasil primeiro", afirmou o prefeito, ressaltando que o Brasil é maior que qualquer partido político, seja ele PT, PSDB ou DEM. Apesar do tom crítico, Kassab disse que não saí magoado do DEM. "Eu não olho para trás; olho para frente. Torço para que o DEM se recupere e contribua para o que o Brasil tenha mais desenvolvimento", acrescentou.

A primeira cerimônia oficial da nova legenda acontecerá amanhã, em Salvador (BA). Segundo Kassab, "um conjunto de líderes políticos vão manifestar, durante o evento, à disposição de ingressar no PSD quando for criado". Na próxima segunda-feira, o partido irá anunciar as suas diretrizes em cerimônia na Assembleia Legislativa de São Paulo. "O PSD é um partido a favor do Brasil. É um partido que tem uma posição clara de centro, mas procurando conviver com todos os partidos que tem alguma sintonia com as suas diretrizes", argumentou.

Apesar de o programa político do partido não estar concluído, Kassab afirmou que já há políticos de nove estados com interesse de aderir ao PSD. "A partir de agora, o conjunto de lideranças vão percorrer o Brasil para convidar personalidades, intelectuais e líderes políticos para o partido", disse o prefeito. A expectativa é de que o PSD seja criado dentro de três meses. Até lá, Kassab permanecerá no DEM. "Será uma situação híbrida, por estar filiado ao partido anterior, mas a caminho do novo", explicou. O atual prefeito de São Paulo ingressou no DEM, antigo PFL, em 2005.

A escolha do nome Partido Social Democrático para batizar a legenda é uma homenagem ao ex-presidente Juscelino Kubitschek por sua política desenvolvimentista nos anos de 1950. Kassab explicou que o Brasil passou ao longo dos últimos por uma série de transformações, a começar pelo resgate da democracia, pela conquista da estabilidade econômica e pelo atual processo de redução das desigualdades sociais. "É nesse contexto que o PSD se encaixa, no sentido de acelerar as correções das desigualdades sociais. Buscamos o desenvolvimento acentuado do País, e por isso a homenagem ao Juscelino Kubitschek, que disputou a eleição pelo PSD", explicou.

Hoje, o prefeito visitou o piscinão Rincão, localizado no bairro da Penha, zona leste da capital paulista. Kassab vistoriou os trabalhos de limpeza do local, no âmbito da operação "Limpeza concentrada em piscinões". O político anunciou que a prefeitura irá disponibilizar as imagens em tempo real da situação dos piscinões pela internet. "Isso dá mais qualidade à fiscalização e permite que a população e a imprensa acompanhe os serviços da contratada para limpar os locais", disse. (AE)
20/03/2011 | IPERÓ - 46 ANOS

Antiga estação ferroviária terá cinema e biblioteca

Cidade ganha equipamentos de áudio, projetor digital e telão
Notícia publicada na edição de 20/03/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 8 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
André Moraes
Ao completar 46 anos de emancipação político-administrativa (nesta segunda, dia 21 de março), Iperó brinda a população de 28.301 habitantes com a informação de que a sétima arte está voltando para a cidade, depois de mais de 40 anos sem uma sala de cinema. No último dia 7, a Secretaria Estadual da Cultura entregou equipamentos de projeção digital, dentro do Programa de Incentivo à Criação de Salas de Exibição Cinematográfica.
Entre os dispositivos estão equipamentos de áudio, um projetor digital e telão, além de uma videoteca de 50 títulos. O projeto da Prefeitura de Iperó é instalar uma sala cinematográfica na antiga estação ferroviária da cidade que, futuramente, se transformará em um centro cultural, com sala de cinema, biblioteca, teatro e restaurante.
Atualmente o prédio da estação está sendo revitalizado por alunos do Senai, matriculados em cursos voltados à qualificação na área de restauração de bens patrimoniais. O restauro tem previsão de estar concluído até 2012.
O projeto de doação dos equipamentos teve início em julho de 2010 pela Secretaria da Cultura. Os kits são compostos por uma tela de projeção de 3m x 4m, um projetor de vídeo e um aparelho leitor de DVD, além de uma mesa de som e duas caixas amplificadas para a sonorização. Cada kit custa cerca de R$ 13 mil. "Por meio desses equipamentos, buscamos facilitar o acesso ao cinema e promover a formação de um público crítico, além de incentivar o intercâmbio e divulgação de informações", afirma o secretário da Cultura, Andrea Matarazzo.
De acordo com o diretor de Cultura de Iperó, Mateus Namikawa, enquanto a restauração da estação não estiver pronta, os equipamentos doados pela Secretaria da Cultura estão sendo instalados em escolas da cidade, montando assim um cinema itinerante.

População aprova
A última exibição de um filme no antigo cinema de Iperó aconteceu em outubro de 1970 e Namikawa diz que a população está esperando ansiosa pela nova sala. "O pessoal gostou da notícia, pois vai trazer mais lazer, mais cultura para o povo."
O casal de aposentados Pedro Felicio de Oliveira, 80 anos, e Maria de Lurdes de Oliveira,79, é da época em que ainda havia um cinema na cidade e lembra com orgulho a satisfação das pessoas que o frequentavam.
O taxista Edivan Sena, 67, gostou da ideia, porém reclama do local onde será instalado. "Se fosse mais perto do centro tudo bem, mas o lugar não ajuda". O local escolhido para a instalação do novo cinema também foi alvo de críticas do policial militar Fábio da Silva Prato, 26. "Tem vagão abandonado por lá, muito mato".
Ir para outras cidades para ver filmes no cinema é realidade de muitos habitantes de Iperó. O estudante Clayton Feliciano, 21, se desloca até Sorocaba para poder curtir os filmes de ação e aventura, que tanto gosta. As irmãs Evelyn Carolina de Campos, 16, e Jenifer Cristina de Campos, 18, vão até Boituva para ver filmes.
Angelita Maria da Conceição, 37, mora há 2 anos com o marido e 7 filhos, entre 2 e 18 anos, em frente à estação ferroviária e se animou com o projeto. "Vai ser bom para distrair as crianças nos finais de semana", afirma.

Restauração do prédio
A restauração do prédio da estação ferroviária está sendo realizada pelo Núcleo de Preservação do Patrimônio Histórico (NPPH), por meio de uma parceria entre a Prefeitura de Iperó e o Senai, com previsão de término em 2012. São duas turmas trabalhando no período da manhã e outras duas na parte da tarde, fazendo serviços de serralheiro e auxiliares de pintor, carpinteiro e pedreiro. O projeto envolve atualmente 18 estudantes em cada período do dia, agilizando o processo de restauração do prédio histórico.

Flona e Aramar fazem parte da cidade
Iperó fica a 25 quilômetros de Sorocaba e conta com 28.301 habitantes vivendo em 170 quilômetros quadrados de extensão territorial, segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O prefeito atual é Marco Antonio Vieira de Campos (PDT).
Além da Floresta Nacional de Ipanema (Flona) e dos prédios remanescentes da Real Fábrica de Ferro de São João de Ipanema, no bairro chamado Fazenda Ipanema, o município abriga o Centro Experimental de Aramar, que é responsável pelo desenvolvimento de pesquisas nucleares da Marinha do Brasil. O centro foi instalado em meados dos anos 80, entre os bairros de George Oeterer, Cagerê e Corumbá. Com isso, muitas famílias de fuzileiros navais se instalaram no município, mudando a rotina dos iperoenses.
A Real Fábrica de Ferro foi construída em 1809, com a supervisão do major do Exército Frederico Luís Guilherme Varnhagem. Inaugurada por Dom Pedro II quase 10 anos depois, em 1818, a fábrica ofereceu material bélico, especialmente armas brancas (espadas, sabres e baionetas), ao Exército Brasileiro na Guerra do Paraguai.
Vivendo todo esse tempo com o trabalho agrário, os habitantes do local viram esse fator se modificar, quando em 1927 aconteceu a chegada da ferrovia, impulsionada pelo advento do café em direção ao interior paulista. A Estrada de Ferro Sorocabana começou a ser construída naquela região e em 1929 foi inaugurada uma estação com o nome de Santo Antônio da Sorocabana.

Capela e escola
Para auxiliar na ampliação da Sorocabana, a fazendeira Rita Motta doou suas terras, onde também foram construídas uma escola e uma capela em homenagem à Santa Rita. Com isso, muitos trabalhadores começaram a ir morar na região, fazendo com que o lugarejo ficasse conhecido com o nome de Vila Santo Antonio, com a nomeação de Gumercindo de Campos para o cargo de vice-prefeito. Mas após a denominação, o governo do Estado descobriu que já existia outra vila com o mesmo nome e os moradores o rebatizaram como Esplanada.
O nome Iperó só veio a surgir em 1950, após toda a polêmica em volta da denominação da vila. A emancipação ocorreu em 21 de março de 1964, por ato do governador.
A história de Iperó, no entanto, teve início há mais de 300 anos, em 1678, quando Braz Esteves, um parente de Baltazar Fernandes (fundador de Sorocaba), pisou pela primeira vez nas terras onde hoje está o município.

Hoje é dia da tradicional cavalgada

As festividades dos 46 anos de Iperó começaram no dia 13, com a 6ª Corrida de Iperó, que contou com 300 atletas, participando dos percursos de 5 e 10 quilômetros. As comemorações continuam hoje, às 9h, quando os cavaleiros se encontrarão na tradicional Cavalgada, que partirá da rua Cizino Dias. Haverá bênção dos cavaleiros e uma apresentação musical, além de barracas de comes e bebes até às 16h no recinto da Iperó Fest, na avenida Emílio Guazzelli, s/n, em frente ao Complexo Esportivo "Dito Bom". Às 19h, acontece a missa solene, na Igreja Matriz de Santo Antônio.
Amanhã, o aniversário terá hasteamento da bandeira, às 8h, no Paço, com a presença de autoridades locais e regionais.
À noite acontece o Rodeio Profissional, que teve sua abertura na última quinta-feira, dia 17. O rodeio começa às 20h30 na arena da Iperó Fest. O dia do aniversário do município será finalizado com o show da dupla sertaneja Fernando & Sorocaba, às 22h, no mesmo recinto.

 

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