Grupo joga bomba em delegacia

Folha.com
COSMÓPOLIS -- Cinco homens são acusados de jogar um coquetel molotov --bomba caseira fabricada com garrafa e líquido inflamável-- na única delegacia de Cosmópolis (135 km de SP), incendiando o carro da polícia. Por volta da 1h40 de ontem, um Polo branco se aproximou com dois adultos e três adolescentes.
O grupo lançou a bomba caseira em direção à delegacia, onde havia só um policial de plantão, e acabou acertando o carro, estacionado no local.
Uma testemunha comunicou a Polícia Militar, situada próxima do DP, que chegou a tempo de controlar o fogo. Ninguém se feriu.
Segundo a PM, houve tentativa de fuga, mas todos os envolvidos foram presos. Liberados, eles devem responder por dano e incêndio ao patrimônio público e formação de quadrilha.
28/03/2011

Prédios novos da CDHU têm trincas e infiltrações

Caio do Valle
do Agora
Condomínios entregues recentemente pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) já apresentam problemas típicos de imóveis velhos, como infiltrações, rachaduras e desgastes na pintura. A constatação é do Vigilante Agora, que visitou, nas últimas semanas, cinco residenciais abertos pelo governo há no máximo dois anos na cidade de São Paulo.
A reportagem visitou, ainda, mais um prédio, incompleto, onde já há pessoas morando. Elas dizem que a unidade deveria ser entregue no ano passado e, como o quadro de força ainda não tem fios, puxaram cabos elétricos pela janela.
Em alguns conjuntos, os defeitos são mais sérios. No Brasilândia B34, no Jaraguá (zona norte), o parquinho infantil do bloco E foi instalado bem ao lado de um barranco de cerca de 15 m de altura. Nenhuma estrutura protege as crianças.
 
RENATA LO PRETE
 
Vamos ver

O governo encomendou à Polícia Federal e à Abin um diagnóstico mais profundo sobre os incidentes em canteiros de grandes obras do PAC. "As versões não batem", afirma autoridade envolvida com a questão.
Preocupado em estancar a onda de tumultos e greves, o Planalto tentará fechar, na reunião marcada para amanhã com empresários, centrais sindicais e Ministério Público, compromissos de curto prazo. Dos sindicalistas, o governo quer a garantia de que disputas de base não sejam levadas a esses locais. Das empresas, que a repressão relatada por trabalhadores seja imediatamente revista.


Por que não eu? A indicação de Geddel Vieira Lima (PMDB) para a vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa fez crescer a pressão para que o Planalto contemple mais nomes, entre eles outros derrotados nas eleições de 2010. Da lista do PMDB constam José Maranhão, Orlando Pessutti, Rodrigo Rocha Loures e Hélio Costa, este último com poucas chances. No PDT, a briga é pelo futuro de Osmar Dias.

O elo A manutenção de Márcio Percival à frente da vice-presidência de Finanças da Caixa dará combustível aos questionamentos da oposição à operação de compra de ações do Panamericano. Foi ele o encarregado de avaliar a situação do mercado de consignados à época da transação. A senha para colocá-lo novamente na berlinda será a publicação do balanço do banco estatal.

Aqui e ali Vice-presidente do PSB, Roberto Amaral deixará a direção da Alcântara Cyclone Space. Ele passará a integrar conselhos de duas estatais, BNDES e Itaipu, nas vagas antes ocupadas pelo ministro Paulo Bernardo (Comunicações).

Conversa em dia Lula e Dilma, que viajarão separadamente para Portugal, deverão ter um jantar reservado amanhã, em Coimbra.

Turbina 1 A usina de Belo Monte foi assunto da conversa entre Bill Clinton e Marina Silva anteontem em Manaus, nos bastidores de palestra feita pelo ex-presidente dos EUA no UniNorte, universidade da rede internacional Laureate, da qual ele é chanceler honorário.

Turbina 2 "A hidrelétrica vai sair?", perguntou Clinton. A ex-senadora assentiu, explicando que já havia licença ambiental, e que agora é preciso lutar pelos programas compensatórios previstos no projeto. Clinton comparou a hidrelétrica na Amazônia à usina de Três Gargantas, na China: energia limpa, disse, mas potencialmente ameaçadora ao ambiente.

Abrigo Derrotado em 2010 na campanha para deputado federal, o tucano Ricardo Montoro assumirá a vice-presidência da Cohab paulistana. Montoro já passou até pela sabatina do conselho da empresa.

Olha o trem A CPTM, com ação mais voltada à região metropolitana de SP, vai oferecer apoio técnico e material para a reforma da Estrada de Ferro de Campos do Jordão, linha turística cuja base funciona em Pindamonhangaba, cidade de Geraldo Alckmin. O tucano levou o secretário Jurandir Fernandes (Transportes Metropolitanos) para um "tour" pela ferrovia, no sábado.

Na janela Enquanto mantém congelada a distribuição das verbas de publicidade oficial, Alckmin iniciou incursão por afiliadas das principais redes de TV no Estado. Nas bancadas dos telejornais locais, ele discorre sobre obras da região.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2803201101.htm
21 milhões podem perder desconto na luz
Clientes de baixa renda precisam se recadastrar nas distribuidoras até o fim do ano para não perder o benefício


Até agora, a adesão ao recadastramento obrigatório é baixa nas distribuidoras; prazo vai até dezembro
Rafael Andrade/Folhapress
Maria Luciele da Silva, que perdeu o desconto na conta

PEDRO SOARES
DO RIO

Moradora do pacificado morro Santa Marta (Botafogo, zona sul do Rio), Maria Luciele da Silva, 25, tomou um sustou ao ver que tinha de pagar R$ 82 na conta de luz de janeiro, valor superior à média de R$ 50.
A surpresa da cearense que vive no Rio há um ano e meio com mais cinco pessoas numa pequena casa no morro se repete em milhares de lares, cujos proprietários perderam o benefício da tarifa social de energia.
Ao menos, 21,5 milhões de consumidores de baixa renda correm o risco de deixar de receber o desconto na conta de luz até o fim do ano.
É que, para manter a redução tarifária, os clientes são obrigados a se recadastrar até dezembro nas distribuidoras, mas até agora poucos tomaram tal providência, segundo dados das empresas.
Uma lei aprovada no ano passado determina que o benefício só pode ser concedido ao consumidor que apresentar o NIS (Número de Inscrição Social), documento dado por prefeituras e que serve de cadastro para o Bolsa-Família e outros programas.
O problema é que a adesão ao recadastramento ainda é muito pequena nas grandes distribuidoras do país.
No grupo CPFL (oito empresas, com 6,7 milhões de consumidores), apenas 9% fizeram o procedimento até agora.
"Certamente, muita gente vai perder o benefício", disse Amleto Landucci Jr., diretor comercial da CPFL.
Muitas casas localizadas na área de concessão da empresa, na Baixada Santista, são utilizadas apenas nos finais de semana. Esses clientes têm baixo consumo, mas não são atendidos por programas sociais.
Já a fluminense Light, que possui 3,9 milhões de consumidores, estima que 200 mil consumidores dos 600 mil que contam com o benefício vão fazer o recadastramento -até agora apenas 30 mil apresentaram o NIS.
No caso da mineira Cemig (7 milhões de clientes), 600 mil pessoas já fizeram o procedimento, dos 2,4 milhões de clientes favorecidos pela tarifa social.
"Poucas pessoas têm conhecimento do benefício. Fizemos o aviso na conta, mas só quando o cliente notar o aumento na fatura vai nos procurar", diz Marco Vilela, superintendente comercial da Light.
A Eletropaulo recadastrou 47,5 mil dos 758 mil clientes que tinham o benefício antes da mudança da regra -o que corresponde a 6% do total. A distribuidora atende a 6 milhões de consumidores na Grande São Paulo.
Antes da mudança na lei, bastava o cliente se autodeclarar de baixa renda e consumir até 220 kWh por mês para ter o benefício -que pode chegar a um desconto de 65% na tarifa.

PRAZO
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) defende a mudança e diz que muitas casas de veraneio têm o desconto, independentemente da renda do proprietário. A agência elaborou um cronograma de recadastramento, pelo qual as faixas de menor consumo terão mais prazo.
Pelo cronograma, quem não se recadastrou na classe de consumo entre 80 e 100 kWh/mês perdeu o benefício no fim de 2010. Em janeiro, seria a vez dos clientes entre 68 e 79 kwh/mês, mas, por solicitação das distribuidoras, a Aneel postergou o prazo para junho.
Os consumidores poderão reaver o benefício a qualquer momento com a apresentação do NIS à distribuidoras.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me2803201127.htm

Morre padre belga José Comblin, da Teologia da Libertação

Religioso foi perseguido pelo regime militar brasileiro, chegando a exilar-se no Chile

    José Maria Mayrink, de O Estado de S. Paulo
    Morreu hoje cedo em Salvador o padre belga José Comblin, 88 anos, um dos mais importantes e polêmicos teóricos da Teologia da Libertação, e autor de vários livros, entre os quais A Teologia da Enxada, sobre a vivência cristã e teológica nas comunidades rurais.
    Padre Comblin estava em tratamento médico na capital baiana. Foi encontrado morto, sentado, em seu quarto, quando era esperado para a oração da manhã e não apareceu na capela. Ele tinha problemas cardíacos e usava marcapasso. Apesar da doença, parecia bem disposto e estava trabalhando.
    Nascido em Bruxelas, em 22 de março de 1923, padre Comblin veio para o Brasil em 1958, atendendo a apelo do papa Pio XII, que no documento Fidei donum (O Dom da Fé) pedia missionários voluntários para regiões com falta de sacerdotes.
    Depois de trabalhar em Campinas e, em seguida, passar uma temporada no Chile, foi para Pernambuco, em 1964, quando d. Helder Câmara foi nomeado arcebispo de Olinda e Recife. Perseguido pelo regime militar, foi detido e deportado, em 1972, ao desembarcar no aeroporto de volta de uma viagem à Europa.
    Padre Comblin trabalhou posteriormente com d. José Maria Pires, então arcebispo de João Pessoa. Desde o ano passado, morava na cidade de Barra, na Bahia, com o bispo da diocese, d. Luiz Cappio, conhecido nacional e internacionalmente por feito greve de fome em protesto contra as obras de transposição do Rio São Francisco.
    De acordo com vontade manifestada aos amigos, padre Comblin será sepultado no Santuário do Padre Ibiapina, no municio de Solânea. Segundo o reitor do santuário, padre José Floren, o teólogo visitou Solânea há uma semana e plantou uma muda de pau-brasil junto à igreja, dizendo que seria uma árvore para fazer sombra no seu túmulo.
     

    Na eleição de Dilma, governo acelerou liberação de verbas a cidades e Estado

    Distribuição de recursos da União a Estados e municípios cresceu 51% em 2010 em relação ao ano anterior

      Julia Duailibi e Daniel Bramatti- O Estado de S.Paulo
       O governo federal acelerou o ritmo de liberação de verbas livres de obrigação constitucional para Estados e municípios em 2010, ano em que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ser "prioridade" eleger Dilma Rousseff (PT) sua sucessora no Palácio do Planalto. Em relação a 2009, a distribuição de recursos cresceu 51% em termos reais, descontada a inflação.

      No ano da eleição, o governo federal enviou para os governos estaduais e municipais cerca de R$ 13,9 bilhões como transferências voluntárias. Em 2009, esse repasse foi de R$ 9,2 bilhões.

      As transferências voluntárias são recursos repassados pela União a Estados, municípios e entidades sem fins lucrativos, que podem ser usados para realização de obras ou na prestação de serviços. Esse dinheiro é repassado geralmente por meio de convênios ou acordos e não segue nenhuma determinação constitucional. É, portanto, recurso que pode ser distribuído de acordo com critérios escolhidos pelo próprio governo.

      Os dados constam de um estudo inédito feito pela entidade Contas Abertas, que será divulgado na quarta-feira no seminário "Políticas Públicas: Vetores Políticos", organizado pela Fundap (Fundação do Desenvolvimento Administrativo), ligada ao governo paulista, Os números usados no levantamento são oficiais e estão no Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal).

      Nos três anos anteriores a 2010, não houve crescimento significativo nas transferências voluntárias do governo federal para os Estados e os municípios.

      Em 2007, por exemplo, o primeiro ano do segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo federal mandou para os governos estaduais e municipais R$ 8,9 bilhões. Foi exatamente o mesmo valor enviado no ano eleitoral de 2006, quando Lula foi reeleito.

      No ano seguinte, 2008, as transferências voluntárias chegaram a apresentar uma queda nos repasses. Atingiram R$ 8,6 bilhões, em termos reais.

      O crescimento nos repasses voltou em 2009, ano em que o governo alegou ter aumentado os gastos para produzir uma política anticíclica, diante da estagnação econômica provocada pela crise mundial. O crescimento, no entanto, passou dos R$ 8,6 bilhões transferidos em 2008 para R$ 9,2 bilhões, uma variação, em termos reais, de quase 7%.
      No ano passado, quando houve eleição presidencial, os repasses alcançaram R$ 13, 9 bilhões. Somados às Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos, os repasses em 2010 chegaram a R$ 16 bilhões, mais do que os R$ 10,5 bilhões liquidados no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

      "As transferências voluntárias são recursos que o governo federal aplica em áreas que precisa de apoio ou estímulo. Mas há distorções em período eleitoral. Quando mapeamos os recursos, vemos direcionamento para a base aliada, para sustentação política e etc. O que era exceção acaba virando regra", disse José Matias Pereira, professor de administração pública da UnB (Universidade de Brasília).

      Em todas as regiões do País, houve aumento das transferências voluntárias para Estados e municípios em 2010 em comparação com 2009. A divisão dos recursos por região mostra ainda que o Nordeste foi o local mais contemplado. Estados e municípios da região obtiveram R$ 6,3 bilhões em 2010, 65% a mais que os R$ 3,8 bilhões no ano anterior. Foi no Nordeste que a presidente Dilma teve o seu melhor desempenho eleitoral, ao vencer em todos os Estados: 18,7 milhões de votos contra 7,7 milhões do então adversário José Serra (PSDB). Para o Sudeste, foram liberados R$ 3,6 bilhões no ano passado. Em 2009, distribuiu-se R$ 2,2 bilhões.

      A discussão em torno dos gastos públicos foi colocada pelos adversários do PT no ano passado. Candidata, Dilma não admitiu durante a campanha ser necessário um ajuste fiscal nas contas públicas. Ao assumir o governo, no entanto, propôs uma "consolidação fiscal", que é o corte de R$ 50 bilhões no orçamento da União. A legislação proíbe as transferências voluntárias nos três meses que antecedem a eleição. Há, no entanto, aceleração no repasse de recursos no começo de ano eleitoral. A lei também permite que as transferências sejam feitas quando uma obra já foi contratada e apresenta cronograma pré-fixado.

      Mapa de Alckmin cita a região de São Roque:

      Alckmin age para ‘virar’ voto em área petista

      Por 2012, tucano abre queda de braço com Lula nas regiões metropolitanas do Estado

        Roberto Almeida, de O Estado de S.Paulo
        SÃO PAULO - Ao mesmo tempo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já entra nas articulações para ampliar o número de prefeitos do PT em São Paulo nas eleições de 2012, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) prepara uma ofensiva tucana. Ele tentará reverter, com atos cirúrgicos de governo, o histórico de derrotas para os petistas na área mais populosas do Estado, intitulada "Macrometrópole Paulista".
        Como ponto de partida, Alckmin será alçado na quarta-feira à presidência da Câmara de Desenvolvimento Metropolitano, novo braço da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano do governo estadual. Ele terá função de "autoridade metropolitana", com a missão de planejar as ações de governo do PSDB e coordenar sua execução.
        O tucano delimitou como foco de trabalho uma área de 44 mil km², englobando 153 municípios do Estado (veja mapa). Estão incluídas prefeituras comandadas pelo PT - o chamado "cinturão vermelho", com população superior à do cordão de municípios administrados por tucanos que se espalha pelo interior.
        Alckmin quer emplacar marcas de sua gestão nessas cidades. "Teremos uma articulação clara e um avanço institucional", disse o secretário de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido, responsável pelo projeto.
        As regiões delimitadas para a ação tucana são cruciais no jogo eleitoral. Elas detêm cerca de 30 milhões de habitantes (72% da população paulista). O resultado nas urnas terão repercussão direta na sucessão de Alckmin, em 2014, e também na corrida presidencial do mesmo ano.
        Reservadamente, tucanos já demonstram preocupação com o cenário eleitoral paulista do ano que vem. Há, segundo eles, uma clara dificuldade em encontrar candidatos competitivos para o PSDB nessas áreas. A "autoridade metropolitana" seria capaz de impulsionar nomes da legenda para virar esse jogo.
        Queda de braço. "Mas não adianta vir e dizer que vai ser assim, vai ser assado, só porque o Estado tem força, poder econômico, e implantar ações partidárias do PSDB", retrucou o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT). "Se o PSDB começar errado, vai dar tudo errado. Não pode existir tendência de priorizar A, B ou C."
        A percepção de Marinho sobre a ação tucana é recorrente entre prefeitos petistas ouvidos pelo Estado. O clima é de queda de braço entre o Palácio dos Bandeirantes e as prefeituras.
        O prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida (PT), que diz contar com Lula como cabo eleitoral em 2012, foi irônico ao comentar as pretensões tucanas. "O governo do Estado está sem produto para mostrar. Percebeu que está perdendo o jogo nas cidades. O saneamento tem presença do governo federal com o PAC, drenagem é com o PAC, educação é do governo federal."
        Prioridade. Alckmin quer que o primeiro resultado da operação seja marcante e, para isso, deu prioridade à criação do Bilhete Único Metropolitano, para mostrar integração das regiões que compõem a Macrometrópole.
        Hoje, o sistema de bilhete único no transporte público é bandeira petista, criado pela então prefeita Marta Suplicy (PT). "Ele (o PSDB) pode absorver nossas marcas, mas o PT vai criar outras. Não vejo problema nisso, não", ressalvou o presidente do PT paulista, Edinho Silva.

        http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,alckmin-age-para-virar-voto-em-area-petista,697686,0.htm?p=3

        Escritórios viram braço político em São Paulo

        Governo paulista, comandado pelo PSDB, usa estrutura no interior para abrigar aliados

          Julia Duailibi e Daniel Bramatti - O Estado de S.Paulo
          Em escritórios distribuídos pelos principais municípios do interior paulista, o governo do Estado mantém "embaixadores" ligados ao PSDB. Representações de secretarias estaduais, que acompanham ações nas cidades, facilitam a liberação de verbas para convênios e fazem contatos políticos com as prefeituras das regiões, estão ocupadas por tradicionais quadros tucanos.

          Levantamento feito pelo Estado em escritórios da Secretaria de Habitação e da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional mostra que a maior parte dos chefes dessas estruturas tem vinculação partidária com o PSDB ou com partidos da base aliada do governo estadual na Assembleia. O governo tucano administra o Estado desde de 1995 e detém a maioria das 645 prefeituras paulistas.

          Os escritórios possuem peso político estratégico: por eles, passam milhares de convênios para obras em infraestrutura e mobilidade urbana, no caso das estruturas ligadas ao Planejamento. No caso da Secretaria de Habitação, têm papel na relação direta com os mutuários das unidades habitacionais e no acompanhamento dos protocolos de intenção e posteriores convênios firmados entre Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e prefeituras.

          Partidos. Dos sete escritórios da CDHU no interior, chamados de gerências regionais, em quatro casos foi detectada filiação ao PSDB por parte dos diretores responsáveis. No caso dos Escritórios Regionais da Secretaria do Planejamento, os Erplans,das 14 estruturas, distribuídas pelas 14 regiões administrativas do Estado, sete estão com representantes tucanos, um com uma peemedebista e um com um ex-filiado ao PFL/DEM.
          A maior parte dos funcionários veio de gestões anteriores do PSDB, como a de José Serra/Alberto Goldman ou de Mário Covas/Geraldo Alckmin. O governo nega que critérios partidários definam as nomeações (leia texto abaixo).

          Valores. Desde 2009, quando começaram os mandatos dos prefeitos eleitos no ano anterior, a Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento Regional (SPDR) já fechou cerca de 4.400 convênios com municípios, em valores que ultrapassam R$ 1 bilhão. São recursos aplicados em obras de infraestrutura urbana e na aquisição de equipamentos para as prefeituras, como caminhões, tratores, ônibus e patrulhas mecanizadas.

          Na região Central, o escritório é comandado por Sergio Pelicolla, filiado ao PSDB, partido pelo qual concorreu à Câmara Municipal de Araçatuba em 2004. Questionado sobre os critérios para sua nomeação, ele disse que cargos como o que exerce "não são de carreira, mas de indicação". "Eles (do governo) indicam pessoas em que eles confiam. É questão de perguntar os critérios ao governador passado (José Serra), porque foi ele quem assinou minha nomeação."

          Sobre o eventual peso da filiação partidária em sua nomeação, afirmou que tanto o Estado como o governo federal nomeiam gestores de confiança para implementar suas políticas públicas. "Acredito que dificilmente eu continuaria se Aloizio Mercadante (PT) tivesse vencido a eleição para governador."

          Ação. Na região de Presidente Prudente, quem representa a secretaria é Mauro Villanova, também do PSDB, candidato a vice-prefeito de Presidente Venceslau em 2000. No escritório regional do Vale do Ribeira, que abrange municípios do litoral sul e da fronteira com o Paraná, o comando é exercido por Ademir Kabata, que, em 2004, foi eleito prefeito de Sete Barras pelo antigo PFL, atual DEM. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral, ele não é mais filiado ao partido. Kabata é alvo de ação movida pelo Ministério Público por supostos danos ao erário na época em que era prefeito, quando contratou uma drogaria sem licitação.

          Na região de São José dos Campos, atendendo a 39 municípios, atua o advogado Ailton Barbosa Figueira, que foi, ao lado do governador Geraldo Alckmin, um dos fundadores do PSDB no município de Pindamonhangaba, além de ter sido procurador jurídico da Prefeitura quando o tucano tocou a cidade. "Não posso esconder isso. Mas acredito que participam do governo aqueles que têm a mesma linha. O governador sempre diz que, para ter um cargo, precisa ter competência e honestidade."
          O tucano Jair Rosseto comanda o escritório regional de Araçatuba. Na região de Franca, o titular é o ex-vereador Moacir Lima de Almeida, filiado ao PSDB. Eles não quiseram falar sobre sua atuação nos órgãos nem sobre suas ligações partidárias.

          Experiência. Também tucano, Milton Vieira de Souza Leite trabalhou na Gerência Regional da CDHU entre 1997 e 2007, nomeado por Covas. Voltou neste ano para o cargo. A sua função, segundo relatou, é atuar junto a aproximadamente 93 prefeituras para implementar a política habitacional do governo. "Não fazemos distinção das prefeituras por partidos", afirmou.
          Filiado ao PSDB, ex-vereador e ex-dirigente municipal do partido, Carlos Roberto Ladeira é gerente regional da CDHU em Bauru desde 2003. Segundo ele, a vivência política facilita seu trabalho. "Acho que sim, por isso é que estou aqui. Se o (Aloizio) Mercadante tivesse vencido a eleição, estaria outra pessoa, com certeza", afirmou.J
          http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,escritorios-viram-braco-politico-em-sao-paulo,698050,0.htm?p=4

          Prefeito quer reduzir ritmo de crescimento

          Para Lippi, mais importante que ter indústrias é dar melhor qualidade de vida ao sorocabano
          Leandro Nogueira
          O prefeito Vítor Lippi (PSDB) quer reduzir o ritmo de crescimento da cidade. Está disposto a encaminhar para outros municípios da região os industriais interessados em investir aqui. "Com o ritmo de 10% ao ano estamos crescendo até duas vezes mais do que a média nacional. Daqui a pouco vamos estar maior do que Campinas e não sei se isso é o melhor", declara Lippi. Considera que se crescer cerca de 5% ou 6% ao ano "já será maravilhoso". O prefeito afirma que Sorocaba reduziu o número de desempregados e hoje falta mão de obra. Ele deseja que a cidade mantenha o atual porte para preservar a qualidade de vida e que tenha atividades voltadas para o conhecimento e tecnologia.
          Líderes sindicais concordam que há falta mão de obra qualificada para alguns setores, mas opõe-se quanto à decisão de reduzir a atração de indústrias. Enfatizam que em Sorocaba ainda há desempregados sem oportunidade de estudo que permanecem fora do mercado de trabalho por falta de qualificação. Lippi reconhece que será preciso aumentar a velocidade de formação e qualificação de mão de obra. "Nós estamos procurando fazer mas essa velocidade e complexidade das indústrias também traz desafios nesse sentido", justifica.
          Na opinião de Lippi, a manutenção do atual ritmo de crescimento gera desconfortos como a extrema valorização do metro quadrado de terreno, a acelerada especulação imobiliária e dificuldades na contratação de trabalhadores. Diz que todos os setores enfrentam problemas para encontrar profissionais, inclusive alguns segmentos do comércio. Argumenta que até a Prefeitura está impedida de aumentar a velocidade nas obras devido à falta de trabalhadores para a construção civil.
          "Estou absolutamente convencido de que o melhor crescimento é o regional para Sorocaba compartilhar com as outras cidades essa oportunidade de ser competitiva", diz o prefeito. Considera como ideal que, além do parque industrial que tem, a cidade concentre as melhores universidades da região e que o futuro parque tecnológico gere conhecimento, negócios e desenvolvimento industrial, mas sem que as indústrias necessariamente estejam funcionando em território sorocabano. "Não estamos competindo para ter mais indústrias, estamos procurando fazer uma cidade que ofereça qualidade de vida", resume.
          http://portal.cruzeirodosul.inf.br/acessarmateria.jsf?id=281858

          Superlotação chega à Linha 2

          MÁRCIO PINHO
          Enquanto a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) inaugura hoje a Estação Butantã da Linha 4-Amarela em um prédio moderno e amplo, que lembra um shopping, passageiros da Linha 2-Verde têm cada vez menos conforto e se espremem nos trens. A linha que serve a Avenida Paulista já tem 6,5 passageiros de pé por metro quadrado em horário de pico: superando o nível máximo de desconforto adotado internacionalmente, de 6.
          Trata-se da última entre as três mais movimentadas linhas metroviárias da cidade a superar esse limite, considerando a 1-Azul e a 3-Vermelha. Esta, a pior, já apresenta em alguns momentos uma ocupação superior a dez passageiros por metro quadrado.
          O novo nível de desconforto da Linha 2-Verde foi confirmado pelo Metrô ao JT na última semana e retrata uma piora influenciada pela inauguração, no ano passado, das Estações Vila Prudente, Sacomã e Tamanduateí. Além de atender esses bairros, elas facilitaram o acesso de pessoas vindas do ABC de trem ou de ônibus.
          Em 2009, antes das novas estações, eram 4,9 passageiros por metro, o que significava um certo conforto para os usuários e fazia da linha uma exceção. Em 2010, após a inauguração das estações, esse índice subiu 25%, para 5,9. No dia 19 de março, o horário de funcionamento da Vila Prudente foi estendido. Era das 8 às 17 horas e agora vai das 4h40 às 21 horas, pegando integralmente os horários de pico da manhã e da tarde.
          A expectativa fica por conta da influência que as novas estações da Linha 4-Amarela poderão trazer para a linha 2-Verde, uma vez que elas se encontram na Avenida Paulista e permitem baldeação. Milhares de usuários novos podem ser jogados na linha.
          Segundo a companhia, não é possível falar que a 2-Verde ficará sobrecarregada, porque a nova demanda terá sentido oposto à atual. De manhã, quando o pico se concentra no sentido Vila Madalena, os usuários vindos da Linha 4-Amarela trafegarão sobretudo no sentido Vila Prudente.
          O número total de usuários desde a ampliação do horário de funcionamento das Estações Tamanduateí e Vila Prudente mostra como esses ramais influenciam a Linha 2-Verde. No início de março eram 519 mil por dia. Na última semana foram 543 mil. O número contrasta com os 416,4 mil de um dia típico de março de 2009.
          “Parece que estamos brincando de estátua. Como paramos, ficamos, sem ter nenhum apoio além do vizinho”, afirma a comerciante Jane Marques, de 33 anos. Ela faz o trajeto todos os dias entre as Estações Itaquera e Trianon Masp, e diz que a Linha 2-Verde “está ficando como as outras”.
          A Associação Nacional de Transportes Públicos diz que houve queda na satisfação dos usuários da linha entre 2009 e 2010. Caiu de 88% para 84%. Entre os usuários da Linha 1-Azul, ficou estável, em 85%. Carlos Alberto Bandeira Guimarães, professor da Unicamp na área de transportes, afirma que 6 passageiros por metro quadrado é uma medida padrão que já significa pessoas se esbarrando, mas de uma forma suportável. Acima disso, quando a taxa passa de sete, existe uma necessidade premente de melhora do serviço.


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