Puxão de orelha em aluno vira denúncia


jornal cruzeiro do sul


O comandante da Guarda Municipal (GM) de Piedade, Antônio Santti, puxou a orelha de um aluno de 12 anos da Escola Estadual Professora Theodora Camargo Ayres. Ele disse que fez o gesto por brincadeira e sem a intenção de agredir, mas o Conselho Tutelar da cidade do interior paulista denunciou o guarda municipal por agressão e abuso de autoridade. Santti corre o risco de ser processado civil e criminalmente e, ainda, de perder o cargo.
O puxão de orelha ocorreu no dia 19 de abril, mas só chegou ao conhecimento da Polícia Civil na última quarta-feira, depois que a presidente do Conselho, Sidnéia Ponsoni, foi à casa da família e tomou o depoimento do garoto. Ela convenceu a família a denunciar a agressão à polícia. Um guarda municipal, que acompanhava o comandante, e dois funcionários da escola confirmaram a versão do garoto.
De acordo com a Polícia Civil, o menino estava fazendo guerra de bolinhas de papel com os colegas de classe, quando foi surpreendido pelo professor. Levado à diretoria, foi suspenso por cinco dias, porém, ao invés de ir para a casa, ficou na frente da escola. O comandante da GM contou que passava com a viatura quando viu o garoto uniformizado e achou que estava "matando" aula. Na abordagem, ficou sabendo da suspensão e mandou-o para casa. O estudante resistiu.
Testemunhas disseram que Santti agarrou a orelha do menino e usou a expressão "vai para casa, vagabundo". O comandante da GM nega a agressão verbal e disse que não usou de força contra o menino. "Não fiz para machucar ou ser violento, foi uma brincadeira", disse. O delegado José Chaves de Mello abriu inquérito por abuso de autoridade. A prefeitura abriu uma sindicância e deve instaurar processo administrativo contra o comandante da GM.

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