Já é hora de remendar



Falhas na segurança das marginais da Raposo provocam audiência pública e proposta de novas obras

Carla de CamposAgência BOM DIA
Depois de tão aguardadas, as marginais da rodovia Raposo Tavares ainda dependem de ajustes para comportar o fluxo de veículos com segurança. São pelo menos 20 pontos em desacordo, a maior parte pela ausência de pistas de aceleração e desaceleração para os motoristas que entram ou saem das vias.
Um relatório informando os trechos problemáticos, elaborado pelo vereador Hélio Godoy, será entregue para análise técnica da Urbes -Trânsito  e Transporte na terça-feira. Depois disso, o material deverá ser discutido durante um encontro com a concessionária CCR Viaoeste e a Artesp (Agência Reguladora dos Transportes no Estado de São Paulo).
As vias marginais têm por objetivo amenizar o tráfego local na Raposo, dando acesso a bairros e empresas ao longo das estradas. Mas na prática, há falhas de segurança que obrigam o motorista a sair ou entrar abruptamente nas pistas. A ausência de iluminação também tem sido motivo de discussão.
O debate começou na quarta-feira, durante uma audiência pública proposta pelo vereador Hélio Godoy. Nesta sexta, houve uma visita técnica às marginais que contou com a presença do diretor de trânsito da Urbes, Roberto Battaglini, e do assessor técnico, José Carlos de Almeida.

Ainda sem luzA implantação da iluminação nas vias marginais não estava prevista no contrato de concessão. Apesar disso, o vereador acredita que isso deve ser revertido, mesmo que seja por meio de aditamento de contrato. “O valor da implantação e pagamento da energia deve ser arcado pela Prefeitura de Sorocaba”, prevê o vereador.
Os pontos falhos na construção das marginais da Raposo Tavares passaram despercebidos quando o projeto foi submetido à analise técnica da prefeitura, que concentrou a atenção em obras maiores ao longo da rodovia. “Foi observado, por exemplo, a necessidade da duplicação do viaduto da rodovia João Leme dos Santos”, explica Battaglini.
O diretor explica que a intervenção da Urbes na análise das falhas nas marginais é meramente orientativa, já que a obra é de alçada do estado.
Quem utiliza a estrada com frequência, como o militar da reserva Luiz Carlos de Oliveira, 64, atesta a necessidade urgente de correções. “Este projeto é lamentável. No km 104, por exemplo, há um estrangulamento”, aponta. Segundo ele, o projeto pode ser corrigido, desde que haja esse desejo. “Faltou considerarem o porte e a importância da nossa cidade”, opina o motorista.

Ampliação O projeto original previa que as marginais se estenderiam do km 95 ao 105, nas pistas leste e oeste, totalizando 20 km. Mas elas serão estendidas até o km 106, onde há um retorno, informa o vereador Hélio Godoy, que acompanha as negociações. No sentido contrário haverá mais 3 km, chegando até a Uniso e a Avenida São Paulo. A média diária é de 10 mil veículos por sentido nas marginais, obra que separa o tráfego de circulação local do de longa distância.

R$ 45 milhõesé o valor empregado para a construção das vias marginais.

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