US$ 20 bi da Petrobras para São Paulo


GISELE TAMAMAR
O Estado de São Paulo será o destino de US$ 20,9 bilhões (ou R$ 32,8 bilhões) em investimentos da Petrobrás até 2015. O valor representa quase 10% do total de US$ 224,7 bilhões previstos no plano de negócios da estatal anunciado esta semana. O reflexo na economia paulista poderá ser sentido na criação de empregos, aumento da renda e arrecadação de impostos.
Em todo o País, a Petrobrás projeta criar 17.613 empregos até 2015 preenchidos por meio de concursos. Ainda não é possível precisar onde estarão esses postos de trabalho. Com os novos funcionários, o efetivo da estatal chegará a 103.030 pessoas.
Gabrielli, presidente da Petrobrás, anuncia os planos da empresa para SP (Foto: FABIO MOTTA/AE)
Segundo o professor José Roberto Ferreira Savoia, do Laboratório de Finanças (Labfin/FIA) e da FEA/USP), além dos empregos diretos, os investimentos vão impactar em vagas indiretas por meio da demanda por matérias-primas e serviços. “Os investimentos vão beneficiar provedores de serviços, desenvolvedores de obras, fornecedores e vão ajudar na aceleração da economia de São Paulo”, destaca Savoia.
A presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), Lucy Sousa, reforça os pontos positivos do investimento e destaca que a indústria paulista será uma das grandes beneficiadas pelo plano de negócios. “O Estado concentra as indústrias de máquinas e equipamentos pesados, que vão capturar boa parte das encomendas não só de obras de São Paulo, mas também de outros lugares.”
Lucy esteve presente anteontem em evento que reuniu empresários e o presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, para apresentação do plano de negócios da companhia na capital.
Para quem tem investimentos em ações da Petrobrás, Savoia afirma que os investimentos elevam o fluxo de caixa e receita no futuro, o que reflete na valorização dos papéis da estatal.
Na avaliação de Lucy, a apresentação de Gabrielli foi positiva para reduzir as incertezas relacionadas ao desempenho das ações da Petrobrás no mercado.
28 de julho de 2011 às 16:11

Paulo Pimenta: O uso político da imprensa

O uso político da imprensa
do deputado Paulo Pimenta, via e-mail
Na última sexta (22), o Jornal O Estado de São Paulo fez mau uso do jornalismo, ao trazer uma matéria tendenciosa aos seus leitores sobre a BR 448 no Rio Grande do Sul e a construção de moradias para as famílias que viviam no local por onde está sendo construída a rodovia.
Na corrida por manchetes, o Jornal Estado de São Paulo elaborou um grande factóide: “Petista do Dnit liberou R$ 30 milhões para prefeito aliado construir casas”.
No texto, o Jornal O Estado de São Paulo, sob tom de denúncia, tratava por irregularidade as exigências feitas pelo Governo Yeda Crusius para a construção da BR 448 no Rio Grande do Sul. Entre elas, a licença ambiental elaborada pela FEPAM, que só autorizaria a obra a partir da remoção com segurança das famílias da Vila Dique, local por onde passará a rodovia. O DNIT fez o repasse dos recursos para a Prefeitura de Canoas, que cedeu as áreas para a construção das novas residências.
Com um jornalismo superficial, sem comprometimento com a informação e por falta de conhecimento, o Jornal O Estado de São Paulo agiu de má-fe ou deixou-se manipular e usar politicamente, algo imperdoável no meio.
Dizia: “O dinheiro do contrato, celebrado em 2010 pelo prazo de dois anos, não é para melhoria de estradas. É destinado à construção de 599 unidades habitacionais para 2 mil sem-terra que ocupam a chamada “Vila do Dique”, um terreno próximo à construção da BR-448, obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que liga Porto Alegre a outras cidades gaúchas. Dos R$ 30 milhões previstos, R$ 28 milhões são do Dnit”.
O que o Jornal O Estado de São Paulo omitiu é que a própria Constituição Federal previu a desapropriação nos casos de “necessidade ou utilidade pública” e “interesse social”. Aliás, talvez saiba sim! Talvez o equívoco tenha ocorrido por falta de disposição em sair do ar-condicionado das modernas redações e procurar conhecer mais de perto a realidade dos brasileiros. Hoje, as matérias são feitas por telefones, emails, a quilômetros de distância. E os eventuais equívocos não são por culpa dos avanços tecnológicos.
Ao ignorar alguns dos princípios básicos do jornalismo, como falta de apuração criteriosa e ao omitir de seus leitores o outro lado da história, para que os próprios fizessem suas análises, e não os induzindo a certas conclusões, o Jornal O Estado de São Paulo fez o que o próprio jornal e a grande imprensa brasileira vivem condenando: a falta de transparência e a omissão de quem pode contribuir para uma melhor formação no país.
Veja a verdade:

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