Carlos Dias Chaves teve prisão preventiva de 30 dias decretada em Operação Paraíso Fiscal realizada dia 4
Rodrigo Rainho
Agência BOM DIA
Agência BOM DIA
O empresário Carlos Dias Chaves, conhecido em Sorocaba por
sua atuação no ramo de turismo e como tesoureiro da Acso (Associação
Comercial de Sorocaba), continuava no Centro de Detenção Provisória de Sorocaba
pelo menos até a noite desta sexta-feira (26).
A prisão preventiva dele foi decretada em 4 de agosto pelo
juiz Márcio Ferro Catapani, da 2ª Vara Federal Criminal Especializada em Crimes
Contra o Sistema Financeiro.
Carlinhos, como é conhecido, seria integrante de uma
quadrilha de auditores que desviava recursos públicos para o Exterior.
A função dele na quadrilha, segundo investigadores da
Operação Paraíso Fiscal, da Polícia Federal, seria lavar o dinheiro arrecadado.
O magistrado emitiu uma mandado de busca e apreensão de
documentos ou outras provas relacionadas aos crimes de estelionato
transnacional contra o Sistema Financeiro Nacional e de lavagem de dinheiro,
incluindo registros contábeis, agendas, ordens de pagamento e documentos de
contas no Brasil e no Exterior, em nome próprio e de terceiros, dinheiro em moeda
nacional ou estrangeira, veículos, computadores e outros tipos de equipamentos
de armazenamento de dados.
A polícia colheu o material na Trajeto Turismo (que fica na
rua Duque de Caxias, Mangal) e prendeu o doleiro no condomínio Ângelo Vial, em
Sorocaba.
sigilo/ A assessoria de imprensa da 2ª Vara
Federal informou que o processo de Carlos Dias Chaves está sob segredo de
justiça e nenhum detalhe pode ser revelado, nem da prisão e nem da operação. O
BOM DIA apurou que Chaves deve cumprir a prisão preventiva - seus advogados
tentam liberar o acusado com o habeas corpus.
Política/ Carlos Dias Chaves era presidente do diretório
municipal do PHS até ter a prisão decretada. O diretório estadual da legenda o
destituiu do cargo e em nova convenção, o PHS elegeu Taís Romão como a
presidente da legenda local.
Ação desarticulou uma organização criminosa
A ação policial que culminou na prisão do empresário Carlos
Dias Chaves, em 4 de agosto passado, foi para desarticular uma organização
criminosa de servidores da Receita Federal. Mais sete pessoas foram detidas -
quatro delas auditores. Foram cumpridos oito mandados de prisão – seis
preventivos e dois temporários – e 25 mandados de busca e apreensão na Grande
São Paulo e na região Sorocaba. Foram apreendidos R$ 7,8 milhões e US$
2,8 milhões. Só na casa de um auditor, no Alphaville, a polícia encontrou R$
2,5 milhões e US$ 2,5 milhões.
De acordo com a Polícia Federal, a maioria dos servidores
trabalhava na Delegacia da Receita Federal de Osasco.
Eles são suspeitos de operar um esquema de “venda de
fiscalizações” e advocacia administrativa. Na prática, os funcionários lavravam
autos de infração com valores menores que os devidos - tributos ou períodos de
dívidas fiscais eram eliminados.
Servidores moravam em casa de alto padrão
Os investigadores apuraram que os servidores públicos moravam em casas de alto padrão, faziam viagens internacionais e tinham contas correntes com valores altos no exterior.
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bilhões de reais seria o rombo provocado pelos criminosos
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