Juíza assassinada no Rio julgaria 91 policiais militares


Folha de S.Paulo
Rio - Um oficial ex-comandante de batalhão do Rio de Janeiro consta da lista de 91 policiais militares réus que seriam julgados pela juíza Patrícia Acioli, assassinada no último dia 11.
A relação foi enviada pelo Tribunal de Justiça para a Polícia Militar, que levanta a situação de todos dentro da corporação.
As munições utilizadas no assassinato eram da PM, segundo a investigação do caso, o que liga policiais militares ao crime --que podem ter desviado a munição ou até atirado na vítima.
Entre os réus de Acioli está o tenente-coronel Luiz Carlos Leal Gomes, que comandou o 9º Batalhão da PM.
Ele é acusado pelo Ministério Público de ser o mandante do assassinato de Mauri Lopes Castilho, morto em maio de 2009 em São Gonçalo.
O tenente-coronel foi baleado em março do mesmo ano --segundo a polícia, os autores dos disparos foram Mauri e seus dois filhos, atualmente foragidos.
Segundo a Promotoria, o oficial pediu a morte dos inimigos a um policial civil.
A lista de todos os PMs réus em processos na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, onde Acioli atuava, foi enviada anteontem à PM.
A intenção é deslocar os que estão lotados no 7º BPM (São Gonçalo) para outras unidades.
A Divisão de Homicídios investiga a participação de condenados e de réus na morte da magistrada.
Resposta
O advogado do tenente-coronel, Renato Freitas, nega as acusações contra o oficial. De acordo com ele, Gomes "estava na UTI" quando o crime contra Mauri ocorreu.
"Ele está sendo acusado com base em depoimento do filho, foragido, e da mulher de Mauri, que atentou contra a vida do tenente-coronel. São testemunhas desqualificadas", disse Freitas.

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