Barbiere questionou governo sobre emenda


Fernando Gallo

Pivô das acusações de venda de emendas na Assembleia Legislativa, o deputado Roque Barbiere (PTB) questionou oficialmente a Casa Civil no governo José Serra/Alberto Goldman (PSDB) sobre o funcionamento das indicações de obras e convênios do Estado feitas pelos parlamentares.
Em requerimento enviado em 22 de dezembro de 2010 para o então secretário Luiz Antonio Marrey, o petebista questiona valores, autores, beneficiários, endereços de empresas e motivos das liberações de emendas. Pela lei, as secretarias têm de 30 a 60 dias para responder, mas a Casa Civil nunca o fez. Ontem, a pasta não se manifestou. Marrey não foi localizado. Após a denúncia, os dados serão divulgados amanhã.
Barbiere disse na última sexta, em entrevista a uma emissora de TV do interior, que alertou a Casa Civil sobre a venda de emendas. O governo nega. Segundo ele, de 25% a 30% dos deputados se enriquecem com a prática.
CPI
Ontem, a bancada do PSDB decidiu não assinar o pedido de CPI feito pelo PT para investigar as denúncias de Barbiere. O líder do partido, Orlando Morando, avalia que o Conselho de Ética é o órgão que primeiramente tem a competência de avaliar o caso. “Pode se tornar a CPI do fim do mundo. Isso nós não vamos aceitar”, disse.
Apenas o tucano Carlos Bezerra estuda assinar a CPI caso a apuração do Conselho não seja “pra valer”. O colegiado faz hoje sua primeira reunião sobre o caso.

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