Sorocaba: 2.243 são multados por excesso de velocidade



Os radares começaram a funcionar na quinta-feira entre os quilômetros 95 e 105

Giuliano Bonamim
giuliano.bonamim@jcruzeiro.com.br

A Polícia Militar Rodoviária registrou 2.243 veículos acima da velocidade permitida nas marginais da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) em cinco dias de fiscalização. O número corresponde a aproximadamente 448 automóveis flagrados diariamente além dos 60 km/h estabelecidos para o trecho. Os radares móveis começaram a funcionar na quinta-feira nas marginais da Raposo Tavares, situadas entre os quilômetros 95 e 105. Segundo a Polícia Rodoviária, os dados são encaminhados ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER) de São Paulo para a elaboração das multas aos motoristas infratores.

O uso do radar na marginal da Raposo Tavares está de acordo com as normatizações do Código de Trânsito Brasileiro e a resolução número 146/2003 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Ou seja, a colocação do equipamento é feita em locais com estudo técnico, além de haver sinalização com a velocidade máxima permitida e aviso da fiscalização. O excesso de velocidade não é novidade para quem costuma trafegar pelas marginais da Raposo Tavares. A reportagem do jornal Cruzeiro do Sul foi ao local na sexta-feira, às 10h20, e percorreu 20 quilômetros de ida e volta com a velocidade máxima de 60 km/h.

O movimento não era intenso, ao contrário dos horários de pico. Mesmo assim, o resultado foi o esperado: 92 veículos ultrapassaram o veículo da reportagem e apenas um caminhão permaneceu atrás na manutenção da velocidade permitida. A lista dos "apressados" teve caminhões, carros, motocicletas, ônibus escolar e até um veículo da Urbes de Sorocaba. Quem convive nas proximidades da Raposo Tavares e usa a rodovia teme o abuso de velocidade. A comerciante Jael Domingues Lobo, 40 anos, trabalha à margem da rodovia e confessa ter medo de presenciar mais acidentes. "Isso aqui virou uma pista de corrida", comenta.

Jael possui um comércio de frutas e legumes nas imediações do quilômetro 104 e, segundo ela, alguns motoristas saem da rodovia em alta velocidade para acessar a rua Terêncio Costa Dias, no Parque Santa Isabel, e não conseguem completar a curva. "Daí batem no meu portão e no meu muro", comenta. A balconista Mayara Helena Diniz Soares, 21, trabalha há dois anos na região e sempre lembra de uma estatística nada agradável: ter presenciado duas mortes na Raposo, em frente ao estabelecimento comercial. Já o autônomo Laerte Antônio Pereira Oliveira, 61, trafega diariamente pela rodovia e teme a possibilidade de acidentes. "Aqui tem batida de carro quase toda semana", comenta.

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