Corregedoria investiga entrega de cerveja em prisão da PM no Rio



DIANA BRITO
DO RIO
A Corregedoria da Polícia Militar do Rio investiga a entrega de 2.600 latas de cerveja, no final da tarde de domingo (23), na Unidade Prisional da corporação, em Benfica, zona norte da cidade.
Segundo o corregedor-geral da corporação, coronel Waldyr Soares Filho, um policial foi preso por permitir a entrada da Fiorino que carregava a bebida, e uma sindicância foi aberta para investigar de onde partiu a ordem de entrega da mercadoria.
"Proativamente nós fizemos um monitoramento e detectamos que houve uma tentativa de inserir material na unidade prisional. Não permitimos, autuamos em flagrante o oficial de dia que autorizou o carro a entrar numa área que não deveria ter entrado. Ele está preso e acabou a história", disse o coronel à Folha.
O nome do policial preso ainda não foi divulgado. De acordo com Soares Filho, a encomenda pode ter sido feita por militares presos para uso semanal ou até mesmo para uma festa.
Fabio Gonçalves/O Dia
Carga com 2.600 latas de cerveja é apreendida no Rio
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O motorista da Fiorino, que também não teve o nome divulgado, disse que não sabia para quem ia a carga. O corregedor afirma que o entregador chegou a estacionar o veículo no pátio interno da unidade prisional.
"Nós temos lá 300 internos, dez latas para cada um dá 3.000. Tinha menos de 3.000 [latas de cerveja]. Então o consumo, de repente, para uma semana daria uma lata por dia para cada preso em tese. Daria dez latinhas para cada um numa festa", disse o coronel.
"Mas não houve festa. Se eles queriam fazer festa eles quebraram a cara e vão ter que fazer festa com água agora", afirmou.
A informação sobre a ordem de entrega da bebida chegou ao conhecimento do serviço de inteligência da Corregedoria da PM no sábado (22). No mesmo dia, policiais da 1ª Delegacia de Polícia Judiciaria Militar iniciaram a investigação.
"Nós estamos monitorando desde sábado. Agora, nós vamos checar as informações que foram colhidas e aprofundar a investigação para ver se a gente consegue descobrir para quem ia [a carga]", destacou Soares Filho.

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