Alckmin confirma corte no Orçamento e diz que preservará investimentos


Governador usou as metas não cumpirdas e estabelecidas pelo governo federal para o PIB e a inflação como justificativa para o contengiciamento

28 de dezembro de 20Gustavo Porto, correspondente em Ribeirão Preto
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, confirmou nesta quarta-feira, 28, que deverá fazer um contingenciamento no Orçamento do Estado de São Paulo em 2012, aprovado pela Assembleia Legislativa em R$ 156,6 bilhões. Ele garantiu, contudo, que irá evitar cortes em investimentos. "Vamos sempre procurar ser criteriosos na área de custeio e pisar no acelerador do investimento", disse, após evento para a entrega de casas em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. No evento, Alckmin pregou cuidado com os gastos públicos, porque, segundo ele, "há uma incerteza em relação à economia mundial", mas afirmou estar otimista. "Não acho que vai ter catástrofe", contou.
Estimativa é que cortes serão da ordem de R$ 1,5 bilhão, similar ao ano passado - Divulgação
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Estimativa é que cortes serão da ordem de R$ 1,5 bilhão, similar ao ano passado
O governador não definiu a meta do contingenciamento, mas a expectativa de integrantes do governo estadual é de que ele seja similar ao do ano passado, de R$ 1,5 bilhão. Alckmin citou as estimativas do governo federal em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e para a inflação de 2011, que não foram cumpridas, para justificar possíveis congelamentos nos recursos previstos no Orçamento do Estado em 2012.
"Quando o Orçamento foi feito, a previsão era de 5% de crescimento da economia e 4% de inflação; terminamos o ano com crescimento de 3%, abaixo do previsto, e inflação de 6%, acima do previsto. Por isso precisamos cautela", afirmou.
O governador evitou, como tem feito, comentar o embate eleitoral no PSDB de São Paulo pela candidatura da sigla à sucessão do prefeito Gilberto Kassab. "Quem escolhe o candidato é o diretório local e o PSDB dará exemplo ao Brasil, fazendo prévias, democratizando o critério de escolha e ouvindo os filiados. Essa tarefa é do partido e não do governo", afirmou. 

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