Comércio prevê aumento de 6,3% nas vendas no Natal


Repórter da Agência Brasil
Brasília – À medida que o Natal se aproxima, traz com ele a tradicional troca de presentes, espelhada na história bíblica de que três reis magos levaram incenso, mirra e ouro para louvar o nascimento do Menino Jesus, em Nazaré, há 2011 anos. Com isso aumenta a correria das pessoas que deixam para fazer suas compras nos últimos dias, com mais carros nos estacionamentos e gente nos shoppings da cidade.
A movimentação que acontece este ano é mais acentuada que nos anos anteriores, de acordo com o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), Adelmir Santana, que estima um aumento de 6,3% nas vendas natalinas, em relação ao Natal de 2010. O crescimento é estimulado, segundo ele, em grande parte pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de produtos eletrodomésticos como fogões, geladeiras e máquinas de lavar.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista), Antonio Augusto de Moraes, também trabalha com expectativa semelhante de aumento das vendas, mas adverte que “os compradores de última hora” podem encontrar alguma dificuldade na escolha do produto pretendido. Segundo ele, o anúncio de redução do IPI para produtos da chamada linha branca aconteceu muito próximo do Natal, e alguns lojistas estão com dificuldades para repor estoques.
A Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) tem uma estimativa mais otimista: a projeção de crescimento das vendas pode chegar a até 9%. Uma expectativa bem melhor que os 6% projetados no início de dezembro. A confederação refez os cálculos com base na maior procura de clientes nas lojas, estimulados pela redução do IPI, e pela situação de pleno emprego, com mais renda, que aumentam a confiança do comprador em poder saldar seus compromissos.
Alheios a cálculos e estatísticas, mais pessoas estão indo às compras. Hoje (19), faltando apenas cinco dias para o Natal, um dos maiores shoppings da cidade registrava um movimento constante de gente, interrompido por alguns momentos só enquanto chovia. Eram potenciais compradores de diferentes segmentos sociais e poder de renda, como Kátia Bezerra, 32 anos, enfermeira, que disse que “os ganhos pequenos não permitem grandes compras”. Limitou-se, portanto, a gastar R$ 500 em brinquedos para os filhos Juliano, de 5 anos, e Clarice, de 3 anos, mais “uma lembrancinha” para o marido.
Já a analista técnica da Câmara Legislativa Eduarda Miranda, que não quis declarar renda salarial nem idade, disse, na entrada de uma loja, que iria presentear a mãe com uma geladeira de última geração, pretendia surpreender o namorado com uma aparelhagem de som para carro e planejava se presentear com uma máquina fotográfica.

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