Praia Grande descumpre as regras da lei antiálcool


Fernanda Barbosa

do Agora
Praia Grande - Quatro meses após a entrada em vigor da lei antiálcool, e em plena temporada de férias, o litoral ainda não se adaptou à proibição da venda de bebida para menores de 18 anos.
A reportagem esteve ontem em Praia Grande (71 km de SP) e encontrou infrações como a falta da placa indicativa e a mistura de bebidas alcoólicas e não alcoólicas em prateleiras ao alcance do público. As multas podem chegar a R$ 43.625.
Além disso, donos de quiosques e de carrinhos relataram que, na areia da praia, pedir a identidade, como orienta a Secretaria Estadual da Saúde, não é uma regra.
"Os clientes vêm de sunga e toalha, ninguém traz documento", diz um quiosqueiro da Vila Tupi.
Durante a manhã e a tarde de ontem, a reportagem não viu, em nenhum momento, um cliente ter o RG requisitado em quiosques e carrinhos --o ambulante não precisa ter a placa indicativa, mas não pode vender bebida a menores de idade.
Resposta
A Secretaria de Estado da Saúde diz que a fiscalização, que começou em 19 de novembro, será intensificada no litoral a partir de sexta.
O número de agentes passará dos atuais 10 para 60 na região, que inclui a Praia Grande. Entre eles, haverá fiscais à paisana.
Já os comerciantes reclamam de falta de informação sobre a lei. Dono da padaria que não possui separação entre as bebidas na Vila Guilhermina, Marcio Jamil Cadah, 52 anos, diz que não tem espaço suficiente para se adequar à lei.
"Eu pensei que os fiscais viriam dar a placa, como foi na lei do cigarro", afirma. O aviso, na verdade, é de responsabilidade do comerciante, e pode ser obtido na internet.
Quiosqueiros afirmaram que pretendem se adaptar e, assim como ambulantes, negaram vender bebidas a menores. A secretaria diz ainda ter feito campanhas educativas sobre a nova lei.

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