Polícia apura vazamento de fotos de crime em Mairiporã (SP)



ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO
Não bastasse o mistério sobre o assassinato de Geralda Lúcia Ferraz Guabiraba, 54, encontrada dia 14 sem os olhos, a pele e a musculatura do rosto, a Polícia Civil agora também investiga quem espalhou pela internet fotos do corpo da dona de casa.

Para descobrir quem divulgou as fotos, a Polícia Civil em Mairiporã (Grande SP) solicitou à Justiça autorização para rastrear vários IPs (identificadores dos computadores que se conectam à internet).
Reprodução/Facebook
Foto de Geralda Guabiraba, 54, postada por sua filha no Facebook com a legenda "Te amo...Saudades"
Geralda Lúcia Ferraz Guabiraba, 54; imagem foi postada por sua filha no Facebook com a legenda "Te amo...Saudades"
"Temos ideia de quem espalhou essas imagens, que são desrespeitosas para a vítima e sua família, mas precisamos confirmar a identificação dos envolvidos com investigação", afirmou a delegada Cláudia Patrícia Dalvia, responsável pelo caso.
Um conjunto de oito imagens do corpo de Geralda circula pela internet e também entre membros das polícias Militar e Civil de São Paulo.
Em ao menos duas delas é possível ver policiais militares perto do corpo de Geralda --em uma delas aparece uma bota preta, do mesmo modelo usado por policiais militares em SP. PMs têm o dever de preservar cenas de crimes violentos.
Na sexta-feira, o juiz Cristiano Cesar Ceolin determinou que os sites retirem da rede as fotos do corpo.
Geralda era mulher de José Pereira Guabiraba, um dos diretores comerciais do Grupo Estado.
O corpo dela foi encontrado por PMs na altura do km 8 da Estrada da Santa Inês, em Mairiporã, onde fica a Pedra da Macumba, assim chamada por ser usada por praticantes de religiões afro-brasileiras para fazer oferendas.
Segundo a perícia, Geralda morreu em decorrência de um grande corte no pescoço. Ela também sofreu uma pancada nas costas, provavelmente quando estava ajoelhada.

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