Bancada tenta derrubar veto a tratamento de gays


Folha de S.Paulo

O paciente deita no divã e pede: não quer mais ser gay. O psicólogo deve ajudá-lo a reverter a orientação sexual?
Parlamentares evangélicos dizem que sim. Mas, para isso, tentam primeiro reverter uma resolução do Conselho Federal de Psicologia.
Um PDL (Projeto de Decreto Legislativo) propõe sustar dois artigos estabelecidos em 1999 pela entidade (que é uma autarquia pública).
Hoje é proibido tratar "comportamentos ou práticas homoeróticas" como transtorno; e emitir opiniões públicas que aliem homossexualidade a desordem psíquica, "de modo a reforçar preconceitos sociais" -e dá para incluir aí comentários em redes atuais, como Twitter e Facebook.
Ao "restringir o trabalho dos profissionais e o direito de a pessoa de receber orientação profissional", o conselho "extrapolou seu poder regulamentar", diz o projeto do deputado João Campos (PSDB-GO), líder da Frente Parlamentar Evangélica.
O Conselho Federal de Psicologia questiona se o projeto pode interferir na sua "autonomia para legislar sobre a profissão".
O presidente da entidade, Humberto Verona, promete "defender até o fim" o texto atual. Estão lá normas éticas para combater "uma intolerância histórica", diz.

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