Ônibus prensa carro e mata duas pessoas


Ônibus subiu sobre veículo com a batida na zona sul

Folha de S.Paulo

Um empresário suíço de 67 anos e a secretária dele, de 57, morreram ontem após o carro onde estavam ser atingido por um ônibus num cruzamento da av. Vereador José Diniz, no Campo Belo (zona sul de SP). Dois passageiros do ônibus se feriram.
Segundo testemunhas, no momento da batida os semáforos da via estavam desligados e o ônibus trafegava em alta velocidade.
O motorista do veículo está preso e foi indiciado sob suspeita de homicídio doloso (quando se assume o risco de matar).
Alfred Shorno e Anna Camilla Nyarady estavam em um Mitsubishi que subia pela rua Demóstenes. Ao chegar no cruzamento com o farol apagado, o carro seguiu devagar, segundo testemunhas.
Um ônibus que ia pelo corredor exclusivo da avenida atingiu o carro, que capotou e foi prensado contra um poste. Shorno e Nyarady morreram no local.
Ontem, três testemunhas foram ouvidas pela polícia e relataram que o ônibus estava em alta velocidade.
"Parecia uma locomotiva fora do trilho, a toda velocidade", diz o empresário Leonardo Gragnano, 38 anos.
Segundo o delegado João Paulo de Carvalho, do 27º DP, o tacógrafo do ônibus parou a 50 km/h (velocidade máxima da faixa exclusiva) na hora da batida, mas antes disso o veículo freou por cerca de 20 m e arrastou o carro por outros 9 m.
Para o delegado, isso indica que o ônibus estava em alta velocidade. Uma perícia vai apontar a velocidade do veículo.
Com base nos depoimentos e nos dados do tacógrafo, Carvalho entendeu que o motorista Jonas Santana da Silva, 26, assumiu o risco de provocar as mortes.
Júlio César Neves, advogado do motorista, nega que o ônibus estivesse acima da velocidade, diz que o carro entrou na frente do veículo e acusou a CET de responsabilidade no acidente. Em nota, a CET informou que verifica o que ocorreu com os semáforos da região.

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