São Paulo – A política de expansão do Metrô de “esticar linhas” jáexistentesestá sobrecarregando o sistema metro-ferroviário de São Paulo, sem, contudo, melhorar as condiçõespara o usuário.Para o presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres Junior, o modelo de expansão “alimenta o sistema com mais gente”. “Nossaexpansãoestá atrasadae é feita de forma atabalhoada”, disse.Para o sindicalista, o panorama ideal é a criação de linhas que tenham pontos de intersecção com as atuais, ao contrário da continuidade das linhas jáexistentes.
Na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), onde nãoestá havendo ampliação da malha, o problemaestá na trocae expansão da frota. “O caos na ferrovia é quecolocaram trens novose descobriram que não há subestação (de energia)para alimentar as máquinas”.Embora haja trens mais velozese mais modernos não há “alimentação suficiente”. “Aequipe técnica daempresa já sabia disso há quatro anos. Compraram trens modernos, bonitose sem condições técnicas de trafegar.”
Esse problema causou pane em uma locomotiva da linha 7-Rubi (Luz - Francisco Morato), no dia 29 de março, que culminouem protestose destruição de parte daestação Francisco Morato, na Grande São Paulo. Na ocasião, segundo Altino, a solução foi "desenergizar" uma viapara a outra funcionar. “É como comprar uma Ferrarie não ter dinheiropara a gasolina. São governos mais preocupadosem dar resposta rápida à mídia do que em resolver a questão”, afirmou Altino.
Na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), onde nãoestá havendo ampliação da malha, o problemaestá na trocae expansão da frota. “O caos na ferrovia é quecolocaram trens novose descobriram que não há subestação (de energia)para alimentar as máquinas”.Embora haja trens mais velozese mais modernos não há “alimentação suficiente”. “Aequipe técnica daempresa já sabia disso há quatro anos. Compraram trens modernos, bonitose sem condições técnicas de trafegar.”
Esse problema causou pane em uma locomotiva da linha 7-Rubi (Luz - Francisco Morato), no dia 29 de março, que culminouem protestose destruição de parte daestação Francisco Morato, na Grande São Paulo. Na ocasião, segundo Altino, a solução foi "desenergizar" uma viapara a outra funcionar. “É como comprar uma Ferrarie não ter dinheiropara a gasolina. São governos mais preocupadosem dar resposta rápida à mídia do que em resolver a questão”, afirmou Altino.
Planejamento
Os metroviários são a favor daexpansão, mas lamentam o caos criado com afalta de planejamento. “Comesse modelo,estamos sem muita perspectiva de saída”, alertou o sindicalista.
Os metroviários também creditam a “erro de planejamento” a superlotação do metrô. “Dizer que houve 'tsunami de usuários'...Eles nãoestudaram a demanda? Nãoentenderam que ia ter aumento. Todo mundo sabia disso”, apontou Altino,em referência ao termo usado por Fernandespara justificar a superlotação do sistema, principalmente a partir da operação da Linha 4 - Amarela do metrôem horário integral,em setembro de 2011.
Ele prevê que a mesma deficiência vai atingir o monotrilho, quando o sistema começar a funcionar. O modal que vai operar na Linha 17 – Ouroestá previstopara interligar, na primeira fase, o aeroporto de Congonhas àestação Morumbi da Linha 9 –Esmeralda (Osasco – Grajaú) da CPTM. “Quanto tiver os primeiros problemas vão dizer 'nãoesperava,estou surpreso que tem tanto usuário'”, disse.
Os metroviários também creditam a “erro de planejamento” a superlotação do metrô. “Dizer que houve 'tsunami de usuários'...Eles nãoestudaram a demanda? Nãoentenderam que ia ter aumento. Todo mundo sabia disso”, apontou Altino,em referência ao termo usado por Fernandespara justificar a superlotação do sistema, principalmente a partir da operação da Linha 4 - Amarela do metrôem horário integral,em setembro de 2011.
Ele prevê que a mesma deficiência vai atingir o monotrilho, quando o sistema começar a funcionar. O modal que vai operar na Linha 17 – Ouroestá previstopara interligar, na primeira fase, o aeroporto de Congonhas àestação Morumbi da Linha 9 –Esmeralda (Osasco – Grajaú) da CPTM. “Quanto tiver os primeiros problemas vão dizer 'nãoesperava,estou surpreso que tem tanto usuário'”, disse.
O monotrilho é um veículo movido aeletricidade e trafegaem um único trilho, diferentemente do sistema ferroviário tradicional que possui dois trilhosparalelos.
Cada locomotiva temem média seis vagões. O modal é usado internacionalmentepara atender a trechos de baixa lotação, como parques de diversões naEuropae Estados Unidos. Há outro modeloem que o comboio se locomove suspenso, preso a armações de ferro. O único gêneroexistente no Brasilestáem Poços de Caldas, Minas gerais, com pouco mais de seis quilômetros de extensão,e restrito ao turismo da cidade.
Porenvolver a construção de viaselevadas, o monotrilho pode representar prejuízo urbanístico à cidade. OElevado Costae Silva, conhecido como Minhocão, no centro de São Paulo, é umexemplo do impacto desse tipo de via.
Cada locomotiva temem média seis vagões. O modal é usado internacionalmentepara atender a trechos de baixa lotação, como parques de diversões naEuropae Estados Unidos. Há outro modeloem que o comboio se locomove suspenso, preso a armações de ferro. O único gêneroexistente no Brasilestáem Poços de Caldas, Minas gerais, com pouco mais de seis quilômetros de extensão,e restrito ao turismo da cidade.
Porenvolver a construção de viaselevadas, o monotrilho pode representar prejuízo urbanístico à cidade. OElevado Costae Silva, conhecido como Minhocão, no centro de São Paulo, é umexemplo do impacto desse tipo de via.
Altino avalia que o governo precisa realizar uma discussão ampla comespecialistas, usuáriose sindicatos que representam os trabalhadores da rede metro-ferroviária de São Pauloe definir ações imediataspara que a crise do transporte na região metropolitana de São Paulo possa ser resolvidaem até cinco anos.
Segundoele, se uma nova forma de planejamento não for implementada agora, os problemas serão muito piores nos próximos anos. “Cada governo resolve expandir a rede deum jeitoe, na verdade, não há plano, porque investirem trens semenergiapara trafegarem parece coisa de criança”, classificou. A solução só virá com planejamentoe tem de ser rápido. Porenquanto,falta vontade políticaesobra propaganda.”
http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidades/2012/04/para-metroviarios-sobra-propaganda-e-falta-planejamento-no-metro-de-sao-paulo
Segundoele, se uma nova forma de planejamento não for implementada agora, os problemas serão muito piores nos próximos anos. “Cada governo resolve expandir a rede deum jeitoe, na verdade, não há plano, porque investirem trens semenergiapara trafegarem parece coisa de criança”, classificou. A solução só virá com planejamentoe tem de ser rápido. Porenquanto,falta vontade políticaesobra propaganda.”
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