Filha de paciente faz gerente de plano de saúde refém


Folha de S.Paulo

Vitória (ES) - Uma mulher fingiu ter uma arma e fez uma gerente de plano de saúde refém por cerca de uma hora anteontem, em Vitória (ES), para conseguir atendimento para o pai, de 68 anos, que tem câncer no cérebro.
A pedagoga Mary Stela Camillato, 46 anos, diz que o hospital particular em que seu pai, Ronaldo Camillato, se trata cancelou a sessão de quimioterapia alegando que o plano de saúde não havia pago o procedimento.
Ela foi até o escritório do plano Saúde Internacional, em Vitória. Ao chegar, segundo ela, a gerente informou que não havia dinheiro para fazer o pagamento.
"Eu fechei a porta e falei: 'Estou com uma arma na bolsa e só vou te liberar quando liberarem o tratamento'.
Depois de 40 minutos eles conseguiram negociar com o hospital.
Mary Stela afirma que mesmo com decisões liminares da Justiça a seu favor, o atendimento não era feito, conta.
A Polícia Militar foi chamada e o prédio do escritório, de dois andares, esvaziado.
Depois de liberar a gerente, a pedagoga foi levada a uma delegacia, onde assinou um termo circunstanciado por ameaça e foi liberada.
Ela diz que não se arrepende. "Estou aliviada porque ele está fazendo o tratamento, mas triste e envergonhada porque a gente precisa tomar atitudes que sabe que não são certas", afirma.
Plano
O advogado Fernando Bianchi, que representa o convênio, disse que o pagamento ao hospital está em dia e que o atendimento seria feito mesmo sem as ameaças.
O Hospital Evangélico de Vila Velha, no entanto, diz que o plano está inadimplente e que o paciente só foi tratado porque o convênio pagou a sessão após a atitude da pedagoga.

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