Mãe e padrasto são presos sob suspeita de matar criança em Ribeirão Preto



Foram presos preventivamente na manhã desta sexta-feira (6), em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), a mãe e o padrasto de Daniel Henrique Souza Rezende, 2, que morreu em janeiro sob suspeita de maus-tratos.
Fabio Alexandre Minchio, 31, foi levado ao Centro de Detenção Provisória de Ribeirão Preto e Ana Aparecida de Souza, 23, ficará na cadeia feminina de Cajuru.
Na saída da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) para o sistema prisional, o casal negou ter espancado a criança.
A prisão acontece seis meses depois da morte do menino. De acordo com a Delegada da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Ribeirão, Maria Beatriz Moura Campos, as marcas de espancamento ficaram evidentes no resultado da autópsia.
Em março, os dois foram indiciados por maus-tratos, mas segundo a delegada, eles responderão por homicídio.
Desde a morte do menino, três laudos médicos foram divulgados. Todos apontaram maus-tratos ao menino antes da morte.
Em janeiro, à Folha, Minchio negou ter envolvimento com a morte do enteado. "Ele voltou [da casa do pai] dizendo que a madrasta tinha batido a cabeça dele na parede. Levamos ao hospital e ele teve uma convulsão", afirmou, na época.
O pai do menino, Álvaro Leandro Rezende, 44, negou na ocasião que a madrasta Ivete Aparecida Roncari, 56, tenha agredido Daniel. Os dois não foram indiciados pela morte.
O CASO
Daniel deu entrada no Hospital das Clínicas de Ribeirão no dia 5 de janeiro, porém não resistiu e morreu no dia seguinte.
O HC disse que o menino chegou ao hospital com sintomas de convulsão e "depressões nas nádegas aparentando marcas de chinelo, denotando marcas de violência".
Suspeitos pelos maus-tratos, Minchio e Souza tiveram a casa invadida no dia 7 de janeiro, mas ninguém ficou ferido.
DEFESA
O advogado do casal, Everton Marcelo Xavier dos Santos, afirmou que vai entrar com pedido de habeas corpus para tentar a liberação dos dois. Se a juíza responsável pelo caso aceitar o pedido, a dupla deve voltar para casa na semana que vem.
Para Santos, a prisão "foi um equívoco do Judiciário, pois eles estavam colaborando com a investigação".

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