Escola suspende aulas depois de professora ser agredida


Tatiana Cavalcanti

do Agora
As aulas da Escola Estadual Vila Guarani, na Brasilândia (zona norte), foram suspensas ontem nos dois períodos após uma professora do 1º ano do ensino fundamental ter sido agredida por parentes de uma aluna no dia anterior.
Cerca de 900 estudantes ficaram sem aula. Na portaria, um cartaz avisava sobre a suspensão.
A confusão começou na quarta-feira, quando a professora, de 54 anos, repreendeu a aluna, de 7 anos, porque a menina estava passando batom durante a aula.
A docente pegou a maquiagem e a jogou no lixo. Segundo a professora, a aluna havia borrado todo o rosto de batom.
A tia da garota diz que a educadora pintou a garota.
Na manhã de anteontem, a tia e a avó da aluna foram à escola para falar com a professora.
Uma discussão teve início porque a avó queria que a docente pagasse um produto novo, o que ela recusou.
Foi então que, segundo testemunhas, o clima ficou tenso e as parentes da menina começaram a agredir a professora.
Resposta
A família da aluna da primeira série da escola estadual afirma que a garota é constantemente humilhada pela professora agredida e que, por isso, não quer estudar mais no colégio.
A tia da garota, de 22 anos, que estava com arranhões no rosto e no peito e pediu para não ser identificada, admitiu ter passado batom no rosto da professora e brigado com ela.
"Ela maltrata minha sobrinha, que é como uma filha para mim. Fui lá para defendê-la. Mas ela também bateu em mim e na minha mãe", disse.
Segundo ela, a professora admitiu que passou batom na menina. "Ela pintou o rosto dela, disse que agora ela podia ser uma palhaça e que os colegas podiam dar risada", afirmou.
A docente nega. A tia disse ainda que a sobrinha não tem condições de voltar à escola, que vai pedir a transferência dela e levá-la a um psicólogo.

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