Viciados em drogas e falta de luz degradam


Rafael Italiani

do Agora
A sensação de insegurança é uma das principais reclamações de quem vive e trabalha no entorno dos 2,8 km do Minhocão, em São Paulo.
Entre terça e quarta da semana passada, o Vigilante Agora andou por toda a estrutura do viaduto, em cima e embaixo, e encontrou lâmpadas apagadas, moradores de rua e consumo e venda livre de drogas na área.
Na parte de cima, copas de árvores invadem as pistas. Fora isso, é comum encontrar asfalto com remendos e faixas de sinalização apagadas.
Durante chuvas, como a de ontem à tarde, alguns trechos ficam alagados.
Medo e sujeira
"Eu fico intimidada. Antes, a GCM [Guarda Civil Municipal] e a PM passavam mais vezes para tirar o pessoal daqui, o que não tem acontecido mais", afirmou Célia Marchiori, 48 anos, gerente de uma lojas de móveis.
Ela diz que precisa atravessar a rua junto com os clientes, que têm medo de passar sob a estrutura.
Em certos pontos, o canteiro central embaixo do Minhocão está dominado por lixo.
"Eles [moradores de rua] fazem muita sujeira. De manhã, o cheiro é horrível", relata Marcos Kitamori, 62 anos, comerciante.
Resposta
Segundo a prefeitura, nos últimos 30 dias, orientadores do projeto Atenção Urbana abordaram 940 moradores de rua da região, sendo que 392 deles foram encaminhados para serviços de assistência social.
A Secretaria Municipal da Saúde diz que o trabalho no combate do uso de álcool e drogas é realizado diariamente.
A PM afirma que o policiamento é feito na região por meio de bloqueios e outras operações que resultam em prisões e apreensão de drogas.
Já o Ilume (Departamento de Iluminação Pública) diz que o Minhocão passa por vistoriaconstante e que verificará os locais com problemas.
A prefeitura disse que as retiradas das árvores que nascem nas laterais da estrutura está programada para os próximos dias.
Segundo a Subprefeitura da Sé, a limpeza do Minhocão é feita três vezes por dia.
Já CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) faz levantamento para melhorar a sinalização na pista do elevado e nas avenidas São João e General Olímpio da Silveira.

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