Confrontos entre islamistas e seculares deixam dois mortos no Egito

Um deles seria um jovem americano que fotografava protestos, segundo autoridades egípcias


O Estado de S. Paulo
Egípcios seculares protestam contra Morsi no Cairo. Foto: Hassan Ammar / Reuters
CAIRO - Ao menos duas pessoas morreram durante protestos de partidários e opositores do presidente do Egito, Mohamed Morsi nesta sexta-feira, 28, no Egito. Um deles seria um jovem americano, segundo fontes médicas egípcias. A Embaixada dos Estados Unidos no Cairo ainda tenta confirmar a informação.
Um jovem, que seria americano, foi esfaqueado até a morte em Alexandria, enquanto registrava um ato contra a Irmandade Muçulmana, da qual o governante do país faz parte. Ao menos 85 pessoas ficaram feridas.
A oposição pretende levar multidões para as ruas de todo o Egito no domingo, com a intenção de forçar a renúncia do presidente islamista. As principais autoridades religiosas do país pediram calma diante da violência ocorrida hoje, alertando para o risco de uma "guerra civil".
Nos últimos dias, opositores do presidente e integrantes da Irmandade Muçulmana, da qual Morsi faz parte, têm entrado em confronto em várias cidades do delta do Rio Nilo. Os combates deixaram pelo menos cinco mortos. A última vítima morreu ontem, em razão de ferimentos sofridos no dia anterior, informaram integrantes das forças de segurança egípcias.
Muitos temem que os confrontos sejam o prelúdio de batalhas mais amplas e violentas durante as manifestações previstas para ocorrer amanhã. O clérigo Hassan al-Shafie, da Al-Azhar, uma das mais importantes entidades islâmicas do Egito, advertiu sobre a possibilidade de uma "guerra civil" após os confrontos ocorridos no delta do Nilo.
Milhares de partidários de Morsi encheram a rua do lado de fora do templo, gritando palavras de ordem de cunho religioso. "Isso é por Deus, não por cargo ou poder", diziam. "Levantem sua voz forte, egípcios: sharia (lei islâmica)". Muitos participantes usavam lenços de cabeça verdes com slogans da Irmandade Muçulmana. / AP

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