Prefeitura apura se fiscal de São Mateus recebeu propina

Folha de S.Paulo

A Prefeitura de São Paulo vai investigar agentes públicos receberam propina para permitir que a obra que veio a desabar na terça-feira em São Mateus (zona leste) prosseguisse mesmo depois de embargada.
Dez pessoas morreram no desabamento.
A suspeita se baseia em uma denúncia anônima feita em março ao disque 156.
Segundo essa informação, o proprietário do imóvel, Mostafa Abdallah Mustafa, teria feito um "acerto" "junto à prefeitura" para que a construção fosse adiante.
A denúncia consta no processo da obra na subprefeitura. Ela foi feita um dia depois do fiscal Valdecir Galvani de Oliveira multar os responsáveis pelo imóvel em R$ 103,5 mil e embargar a obra por problemas na documentação. Há outro elemento considerado estranho no caso: menos de uma semana depois da multa, Oliveira pediu exoneração.
Resposta
O subprefeito de São Mateus, o ex-fiscal da prefeitura, e o dono do imóvel, Mostafa Abdallah Mustafa, não foram localizados ontem para comentar a abertura das investigações. A reportagem procurou também os advogados de Mustafa, mas não os encontrou.
Anteontem, um de seus representantes disse que ele provaria sua inocência.
O subprefeito Fernando Elias Melo foi procurado quatro vezes, por telefone, mas não atendeu. Valdecir Galvani de Oliveira, que pediu exoneração do cargo de fiscal um dia depois de multar a obra, também não foi localizado pela reportagem ontem.

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