Morte de garoto pode ter motivado ataque a três ônibus em Tatuí


A morte de Bruno Aparecido Diniz de Oliveira, de 15 anos, aconteceu num matagal da rua Palmira Valdrichi Gardenal, no bairro Jardins


Adriane Mendesadriane.mendes @jcruzeiro.com.br

A morte de um adolescente decorrente de intervenção policial na quarta-feira à tarde, em Tatuí, pode ter gerado os ataques a três ônibus, dos quais dois foram totalmente incendiados. Os ataques ocorreram entre 21h15 de quarta-feira e 1h21 de ontem. Dois adolescentes de 13 e 14 anos foram detidos e depois liberados no caso em que o ônibus teve o incêndio contido, e num dos ataques o motorista foi assaltado e colocado para fora do veículo antes que o fogo fosse ateado.

A morte de Bruno Aparecido Diniz de Oliveira, de 15 anos, aconteceu num matagal da rua Palmira Valdrichi Gardenal, no bairro Jardins de Tatuí. Segundo o que foi apurado, um comerciante de roupas teria sido procurado durante o dia por três pessoas de nomes diferentes pedindo mercadoria para revender. Como há seis meses ele já havia sido vítima de roubo, tendo um prejuízo de R$ 18 mil, ao encaminhar mercadoria para aquele mesmo bairro, ele resolveu pedir para dois funcionários passarem pelo local a fim de confirmar o endereço. 

Diante da informação de que no local indicado pelos supostos revendedores havia apenas uma casa abandonada, o comerciante acionou a Polícia Militar, ficando combinado que o comerciante passaria de carro pelo local e na sequência viria a viatura da PM.
Feito o combinado, os policiais militares se depararam com três rapazes, dos quais dois se renderam à abordagem, e outro, depois identificado como sendo Bruno, saiu correndo. Ele foi seguido por um policial, que disse que o garoto atirou algumas vezes em sua direção. No revide o menor foi baleado e morreu. 

A arma do adolescente, um revólver calibre 32, foi apreendida ainda no local pela Polícia Técnica, e a arma do PM, uma pistola ponto 40 foi apreendida posteriormente pelo delegado plantonista André Luiz Rodrigo Norcia, para ser posteriormente encaminhada para a perícia. Uma Brasília aberta, encontrada abandonada no local onde se deu a abordagem, foi também apreendida.
A Polícia Civil não descarta a possibilidade de relação entre a morte do adolescente e os ataques, pelo fato de que os atos incendiários ocorreram na mesma região da cidade, cuja abrangência é do 2º Distrito Policial, por onde tudo será investigado.

Os ataques

O primeiro ataque ocorreu às 21h15, na rua Gabriel de Lara, no Jardim Gonzaga, contra um ônibus da Viação Rosa, destinado ao transporte público municipal. No local dois homens deram sinal para entrar no coletivo, e em seu interior anunciaram o roubo, levando R$ 300, sendo metade do motorista e o restante da empresa. Na sequência, ordenaram o motorista a deixar o ônibus e colocaram fogo. Um dos autores cobria o rosto e usava boné. 

No segundo caso, as 23h30, dois adolescentes de 13 e 14 anos de idade foram detidos por policiais militares quando tentavam colocar fogo num ônibus no cruzamento das ruas Alberto Santos Dumont e Congonhas, no Jardim Aeroporto.
Pouco antes de 1h30, foi a vez de um ônibus Marcopolo Volare, com placas de Tietê, estacionado na rua José Tavares, na Vila Angélica, ser incendiado. O fogo foi combatido pelos bombeiros da cidade.

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