Casos de dengue crescem e agentes mantêm greve

Amanda Gomes

do Agora
A cidade de São Paulo registrou mais 891 casos de dengue em uma semana, segundo balanço da Secretaria Municipal da Saúde.
No dia 22, eram 6.005 casos. Ontem, o total chegou a 6.896 registros, número maior do que o registrado em todo ano de 2010, recorde anterior.
Houve cinco mortes desde o início do ano.
Os números foram divulgados ontem, segundo dia de greve dos agentes que fazem o combate à doença.
Ontem, bairros com alta incidência de dengue, o Jaguaré (969) e Rio Pequeno (493), ambos na zona oeste, não receberam ações contra a dengue, segundo os funcionários.
Na unidade da Supervisão de Vigilância de Saúde do Butantã, responsável por cinco regiões, entre elas o Rio Pequeno e parte do Jaguaré, estava aberto apenas o atendimento para a vacinação de animais.
Já na supervisão da Lapa, somente parte dos funcionários aderiu à greve.
Resposta
A Secretaria Municipal de Saúde disse ontem, por meio de nota, que 45% dos 2.500 agentes de zoonoses aderiram à paralisação.
A pasta afirmou que na zona oeste os profissionais visitaram 3.000 imóveis na região na semana passada, quando foram feitas 35 ações de bloqueio e trabalhos efetivos em 1.200 residências.
O órgão afirmou ainda que na região foram feitas duas nebulizações, duas operações Cata-Bagulho e a distribuição de 30 toucas para caixas d'água.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, entre os 29 distritos da cidade onde o nível de transmissão é de alerta estão Pirituba, com taxa de incidência de 125,1 casos por 100 mil habitantes; Jaguara, com incidência de 144,6; Carrão, com incidência de 188,5; Butantã, com incidência de 145,8; Santo Amaro, com incidência de 157,9 e a Vila Leopoldina, com incidência de 144,4.
Sobre a paralisação dos servidores em geral, a Prefeitura de São Paulo disse que tem mantido diálogo aberto com os representantes dos sindicatos e apresentado propostas para valorização de carreira.

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