Gangue de coiotes comanda tráfico de haitianos ao Brasil

Folha de S.Paulo

A cena, numa rua de terra vazia, quase ninguém vê: um grupo de 11 haitianos desce as escadas que levam a quartos precariamente construídos em cima de um bar, na periferia de Puerto Maldonado, no Peru, e rapidamente embarca numa van.
O discreto fluxo é parte da rota de imigração ilegal ao Brasil.
No carro contratado por um coiote ("agente" que cobra valores altos para fazer a travessia), eles são orientados a deixar as janelas tampadas pelas cortinas. Por segurança, pede o motorista peruano, é melhor que ninguém os veja no trajeto.
Na última fileira, Deny, 35 anos, um dos 11, tentava conter o nervosismo calculando o que faltava: eram os momentos finais de uma saga que começara havia mais de uma semana, no Haiti.

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