Mulheres vão a estádios para sair no telão

Folha de S.Paulo

Um surto de ansiedade expulsou Kaline Mateus, 24 anos, da cama às 6h da última quinta-feira. Despertou para pintar as unhas. Cochilou com as mãos esticadas para não manchar. Antes das 11h, banhou-se por uma hora, com hidratação e "babyliss" (cachinhos) nos cabelos. Após três horas, finalmente estava produzida.
Parecia noiva em dia de casamento, mas, na verdade, era dia de Copa. Sua estreia em jogo seria no Fielzão. O verde-amarelo das unhas combinava com a minissaia azul-marinho, a sandália rasteirinha preta e a camiseta do Brasil com o seu nome nas costas. "Vai que apareço nos telões. Eu correndo o mundo!"
O rosto, pintado com as cores da Bélgica, guardava lugar para tons brasileiros –o mesmo uniforme da irmã, a estudante Ludmille, 19 anos.
O "look" em sintonia era proposital. "Para chamar a atenção, mesmo", revelou Kaline. "Pena que não vai passar na Globo. Queria tanto aparecer na TV!", reclamou Ludmille. A irmã mais velha apressou-se em confortá-la: "Mas a SportTV vai mostrar. Ainda temos chances".

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