Outros dois homens também foram detidos; um segue foragido.
Vítima foi morta após furtar TV; medo de denúncia fez PM matar, diz delegada.
Três homens, sendo um deles policial militar, estão presos temporariamente desde o dia 18 de junho, pelo sequestro e assassinato de um rapaz, de 27 anos, em Mairinque (SP). Segundo a Polícia Civil, o crime foi solucionado e apresentado à imprensa nesta terça-feira (24), na sede da Delegacia Secciconal de Sorocaba (SP). Tiago Cristiano Aguiar foi morto no dia 31 de maio, no bairro Moreiras, zona rural do município.
De acordo com a delegada Simona Ricci, responsável pela investigação, a vítima tinha antecedentes criminais e era conhecida no bairro por praticar pequenos delitos devido ao vício em drogas. O assassinato foi motivado, segundo a delegada, por causa do furto de uma televisão da casa de um dos envolvidos no crime, Etevaldo Costa dos Reis, 31 anos, que está preso.
Simona explica que depois de encontrarem o aparelho em uma casa abandonada. "Acharam melhor executá-lo, pois Adilmo tinha se identificado como PM e ficou com medo de que Tiago o denunciasse posteriormente. Ele foi levado para um matagal, onde foi assassinado com um tiro na cabeça”, revelou a delegada Simona.“Com o intuito de recuperar o aparelho, o Etevaldo pediu o apoio do PM Adilmo [Nascimento, 31 anos], e de outra pessoa, com os quais mantinha amizade de longa data. O trio foi até a casa da vítima e, após discutirem, colocaram o rapaz dentro do carro e saíram em busca da televisão", diz a delegada.
Segundo a delegada Fernanda Ueda, que também participou das investigações, algumas provas colaboraram para que fossem executadas as prisões. “No dia do crime, eles utilizaram uma estrada que passa por um condomínio na rodovia Castello Branco, que dá acesso ao bairro onde a vítima morava. O sistema de monitoramento do local, juntamente com denúncia de moradores que viram a forma com que o carro percorreu as ruas do bairro foram importante para que chegássemos aos autores.”
O PM Adilmo, que está detido no presídio Romão Gomes, em São Paulo, trabalha no 36º Batalhão da Polícia Militar, em Taboão da Serra (SP). Etevaldo e um comparsa, que não teve a identificação revelada pela Polícia Civil, estão detidos na cadeia pública de São Roque (SP). Um quarto homem, identificado como Sandro André Alves da Silva, 40 anos, está foragido.
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