Parecer aponta ilegalidade na obra do Templo de Salomão

Folha de S.Paulo

A Igreja Universal usou informações falsas para burlar a legislação municipal e, assim, construir a nova sede conhecida como o Templo de Salomão, segundo parecer técnico apresentado à Prefeitura de São Paulo.
Segundo documentos anexados ao processo de licenciamento obtidos pela reportagem, a igreja apresentou, em 2006, pedido de reforma de um prédio que havia sido demolido pelo menos dois anos antes.
O templo será inaugurado amanhã com a presença, dentre outras autoridades, da presidente Dilma Rousseff (PT).
As irregularidades apontadas pela CTLU, uma comissão independente destinada a avaliar autorizações da prefeitura, foram ignoradas pelo município e a construção foi aprovada com a ajuda de decisões do ex-diretor da prefeitura Hussain Aref Saab.
Resposta
A Igreja Universal do Reino de Deus afirmou, por meio de nota, ter total convicção de que tanto o projeto quanto a construção do Templo de Salomão obedeceram todas as exigências legais.
A Universal não explicou por que pediu aos órgão públicos uma reforma de um prédio que estava demolido havia alguns anos.
No curso do processo na prefeitura, os responsáveis pela construção disseram desconhecer o fato de o terreno estar em uma área de interesse social.
O ex-diretor Hussain Aref Saab diz, por meio de seu advogado, que não cometeu irregularidades quando dirigia o Aprov e que seu patrimônio (estimado em mais de R$ 50 milhões), é fruto de seu trabalho.

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