Em dez anos, cai desigualdade entre bairros ricos e pobres em 16 regiões metropolitanas do Brasil

Levantamento analisou 9.825 Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs), recortes geográficos que se assemelham a bairros ou áreas ainda menores nas grandes cidades.
A desigualdade entre bairros ricos e pobres, em 16 regiões metropolitanas do Brasil, caiu entre 2000 e 2010. É o que mostra um levantamento minucioso com base no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), divulgado nesta terça-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Apesar da queda, as disparidades dentro das mesmas regiões metropolitanas mostram que a renda per capita num bairro pode ser até 47 vezes maior do que em outro; a esperança de vida, 14 anos mais longa; e o percentual da população de 18 anos ou mais com ensino fundamental completo pode não passar de 21% num bairro e atingir 94% em outro.
Dos dez bairros ou UDHs com maiores IDHMs, no universo das 16 regiões metropolitanas, as cinco primeiras são da cidade de São Paulo: Vila Madalena (Estação Vila Madalena e Estação Santuário Nossa Senhora de Fátima/Sumaré), Berrini/Vila Funchal, Jardim Paulistano e Vila Cordeiro, empatados com índice 0,965, na escala até 1. O bairro da região metropolitana do Rio de Janeiro em melhor posição é de Niterói: Icaraí / Praia, com índice de 0,962, na sexta posição do ranking geral, seguido por mais uma área paulistana: Pacaembu/Higienópolis, com 0,961.
No extremo oposto, a zona rural de Itacoatiara, na região metropolitana de Manaus, aparece com o IDHM mais baixo das 16 regiões analisadas: 0,501.
O levantamento analisou 9.825 Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs), recortes geográficos que se assemelham a bairros ou áreas ainda menores nas grandes cidades. Nos municípios pequenos, porém, uma UDH pode representar a cidade inteira.
Os bairros da cidade do Rio com mais alto IDHM são: Jardim Botânico / Parque Lage, São Conrado, Pasmado e Praia do Flamengo, com índice 0,959, empatados na 11.ª posição do ranking.
De acordo com o levantamento, as distâncias entre os bairros com mais alto e baixo IDHM caíram em todas as 16 regiões metropolitanas, na última década.

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