Ex-presidente da Petrobras vai depor à Justiça na Operação Lava-Jato

SÃO PAULO. O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli vai depor por videoconferência ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, na ação em que são réus o ex-diretor da área internacional da estatal, Nestor Cerveró, e o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. Gabrielli, que mora em Salvador, foi arrolado como testemunha de defesa de Cerveró, que está preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. O advogado de Cerveró havia pedido a oitiva da presidente Dilma Rousseff, mas declinou do pedido.
No mesmo dia, também falará ao juiz por videoconferência Franco Clemente Pinto, que, segundo o doleiro Alberto Youssef, respondia pela contabilidade do consultor Gerin Camargo, que assinou acordo de delação premiada e deu detalhes sobre o pagamento de propina em contratos com a Petrobras.
Youssef disse que Pinto carregava sempre nas reuniões um pendrive com toda a movimentação financeira do consultor, que confessou ter sido um dos operadores de propina da Petrobras. O doleiro afirmou que, neste pendrive estava o nome do ex-ministro José Dirceu, cujo codinome era "Bob".
“Franco é homem de confiança de Júlio Camargo e o responsável pela contabilidade de pagamentos ilícitos a título de propina e caixa 2″, disse Youssef em seu depoimento, explicando que as siglas eram usadas para esconder os nomes dos beneficiários na contabilidade ilícita.

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