Milhares de pessoas marcham na Tunísia contra o terrorismo

  • 29/03/2015 11h22
  • Túnis
Ana Cristina Campos - Enviada Especial da Agência Brasil/EBC* Edição: Stênio Ribeiro
Marcha contra o terrosimo na Tunísia
Tunisianos foram às ruas em protesto contra o terrorismoLeandro Melito/Repórter do Portal EBC
Milhares de pessoas foram hoje (29) às ruas de Túnis, capital da Tunísia, para participar da Marcha Republicana contra o Terrorismo, convocada pelo governo tunisiano para marcar a revolta popular contra o atentado que matou 22 pessoas no Museu do Bardo, mais os dois terroristas, mortos pela polícia.
Entre os líderes mundiais que foram à manifestação para prestar solidariedade às famílias das vítimas e ao povo tunisiano estavam o presidente francês, François Hollande, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas. Eles foram recebidos pelo presidente da Tunísia, Beji Caid Essebsi.
slogan do protesto é a frase "Le monde est Bardo" (O mundo é Bardo), em alusão ao lema "Je suis Charlie" (Eu sou Charlie), adotado após o ataque contra o jornal francês Charlie Hebdo, em janeiro deste ano.
Marcha contra o terrorismo na Tunísia
Manifestantes carregavam bandeiras da Tunísia e cartazes contra o terrorismoLeandro Melito/Repórter do Portal EBC
No dia 18 de março, dois homens armados entraram no Museu Bardo e mataram 22 pessoas, 20 delas turistas estrangeiros da Espanha, França, do Reino Unido, da Itália, Bélgica, Polônia, do Japão, da Austrália e Colômbia.
A manifestação pela paz começou por volta das 10h45 (6h45 de Brasília) e reuniu pessoas de todas as idades e origens. “Estamos aqui para dizer que queremos uma Tunísia livre do terrorismo”, disse a advogada Wertania Ichraf, acompanhada da filha Mejri Henda, de 12 anos. A advogada carregava um cartaz com a frase “Eu não tenho medo”.
Outro manifestante, Nabli Mondher, membro do partido Afek Tounes, contou que foi ao protesto para pedir paz. “Dizemos não ao extremismo, e que a Tunísia viva em paz. O atentado ao Bardo foi uma catástrofe para nós”, disse ele, que vestia uma camisa em que se lia “Je suis Bardo” (Eu sou Bardo).
O esquema de segurança foi reforçado com policiais fortemente armados, tanques de guerra, atiradores de elite no alto dos prédios e membros da Guarda Nacional, a força especial da polícia tunisiana.

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