Prefeitura fecha último Caps II de Sorocaba

cruzeiro do sul

   


Cerca de 35% -- ou 597 -- do total de 1.687 pacientes de saúde mental sem internação que faziam tratamento nos três Centros de Atenção Psicossocial (Caps) II de Sorocaba estão sendo acompanhados nas 31 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), sendo que o restante (65% ou 1.090) foram encaminhados para os dois Caps III, de acordo com dados da Secretaria de Saúde (SES). A mudança foi finalizada no último dia 31 de janeiro, com o fechamento do último Caps II, no Trujillo, e é criticada por especialistas na área e pelo Sindicato dos Médicos de Sorocaba e Região (Simesul) -- já que a rede básica conta com apenas seis médicos psiquiatras, dois por região, e a cidade ainda depende de mais um Caps III para atender a demanda do processo de desinstitucionalização.
 
Para o presidente do Simesul, Eduardo Vieira, o número de psiquiatras é insuficiente para atender a demanda que surge com a transferências dos pacientes psiquiátricos. "Isso faz com que os clínicos gerais se sintam pressionados a realizarem o atendimento, pois apesar de terem o conhecimento básico necessário, eles não estão preparados para situações de emergência que possam surgir", cita. A coordenadora de Saúde Mental da SES, Mirsa Elizabeth Delossa, reconhece que o número de especialistas é pequeno, mas garante que nenhum paciente está ficando sem cobertura. "Se a pessoa precisar de atendimento, tanto as unidades básicas quanto as de urgência e emergência poderão atendê-lo e fazer o encaminhamento para o Caps III, se for necessário", afirma. 

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