Lula denuncia à ONU “abusos de poder” de Moro e da Lava Jato

viomundo

28 de julho de 2016 às 15h52


Direitos humanos
URGENTE: Lula recorre à ONU contra ‘abusos de poder’ de Moro e da Lava Jato
Os advogados de Lula anunciaram nesta quinta em Londres que ele entrou com um recurso no Comitê de Direitos Humanos da ONU para se proteger dos “abusos de poder” de Sérgio Moro e dos procuradores da Lava Jato.
Na petição, Lula afirma não ser contra uma investigação “justa e transparente”. Mas cita a “clara falta de imparcialidade” de Moro e seus “atos ilegais”, como a gravação e divulgação de conversas privadas dele com Dilma e a condução coercitiva para um depoimento.
Lula menciona ainda, na petição, outras decisões da Comissão de Direitos Humanos da ONU e outros cortes internacionais para sustentar que Moro está “irremediavelmente enviesado” e, portanto, não tem condições de julgá-lo ou prendê-lo. “Se isso acontecer, que seja decidido por um juiz imparcial”, diz o recurso.
Lula denuncia abusos de Moro à ONU
Os advogados do ex-presidente Lula anunciaram nesta quinta (28) que entraram com um recurso no Comitê de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) contra os “abusos de poder” de Sérgio Moro e dos procuradores da Operação Lava Jato. Lula é investigados em várias frentes pela força-tarefa criada para apurar corrupção na Petrobras e foi denunciado pelo Ministério Público Federal por tentativa de obstrução de Justiça.
À ONU, Lula alega violação dos direitos humanos pela Lava Jato. De acordo com informações do jornal The Telegraph, o ex-presidente contratou o advogado Geoffrey Robertson, que ficou conhecido por defender Julian Assange, fundador do Wikileaks, o ex-boxeador Mike Tyson e o autor indiano Salman Rushdie.
Robertson, em sintonia com a defesa de Lula no Brasil, alega abuso de poder do Sergio Moro, que se recusa a declarar parcialidade e abrir mão de julgar o ex-presidente.
Na ação, Lula destaca não ser contra uma investigação “justa e transparente”, mas menciona a “clara falta de imparcialidade” de Moro e seus “atos ilegais”, como a gravação e divulgação de conversas privadas dele com a presidente afastada Dilma Rousseff e outras figuras que detinham foro privilegiado, além da condução coercitiva para um depoimento à Polícia Federal que foi espetacularizada na grande mídia nacional.
“As transcrições, bem como o áudio das conversas, estão sendo liberados para uma imprensa hostil. O juiz está invadindo sua privacidade e pode prendê-lo a qualquer momento e, em seguida, pode ser julgado sem um júri”, diz Robertson.
Segundo ele, “nenhum magistrado poderia agir dessa maneira. O juiz ainda tem o poder de deter os suspeitos infindamente na prisão até que confessem. Há uma barganha. Este sistema viola os direitos humanos fundamentais e já foi condenado por órgãos da ONU”.
Para Robertson, o caso de Lula vai expor o problema da prisão preventiva e das condenações “injustas” no Brasil, que são feitas baseadas em confissões de suspeitos que só querem sair da prisão.
A defesa de Lula no Brasil convocou a imprensa para uma coletiva na tarde desta quinta (28).

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