Jornalista espanhola Paloma García Ovejero será a primeira da história a ocupar função executiva na cúpula da comunicação da Igreja CatólicaJosé Maria Mayrink,
O Estado de S.Paulo
29 Julho 2016 | 03h00
“Ah, uma galega no Vaticano!”, brincou Francisco, usando o tratamento que os argentinos dão aos espanhóis, ao receber seus novos auxiliares em audiência, no dia 11 deste mês. Era um encontro de trabalho, no qual o papa pediu equilíbrio, fidelidade e clareza na transmissão das informações. Padre Lombardi deixa o cargo após dez anos, durante os quais serviu a Bento XVI e a Francisco. Pediu demissão em dezembro, por causa da idade avançada. Desde então, Burk vinha ocupando o cargo de subdiretor.
Nascido em Saint Louis, Greg Burk especializou-se em Jornalismo, depois de estudar em colégios jesuítas da cidade e de se formar em Ciências Comparadas na Universidade de Columbia, em Nova York. Trabalhou na agência United Press International (UPI), em Chicago, na Reuters e na revista Metropolitan, antes de ser enviado a Roma como correspondente da revista National Catholic Register. Em 1990, passou a colaborar com a revista Time e, em 2001, tornou-se correspondente da Fox News em Roma. Era assessor de comunicação, desde 2012, quando em dezembro do ano passado foi trabalhar com padre Lombardi.
Paloma García nasceu em Madri e trabalhava desde 2012 como correspondente em Roma da rádio Cope (Cadenas de Ondas Populares Españolas), da Conferência dos Bispos da Espanha. A nomeação para a diretoria da Sala de Imprensa surpreendeu a jornalista, conforme afirmou em entrevista ao Serviço Brasileiro da Rádio Vaticano. “Tenho um pouco de medo, é certo, porém, ao mesmo tempo, a tranquilidade de saber que não foi uma escolha minha”, disse Paloma. Em sua opinião, o fato de ser mulher não foi determinante para a sua escolha, pois lhe parece normal na revolução da normalidade, da natureza e da lógica que o papa Francisco está fazendo.
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