São Roque: A trajetória de um governo fraco e incompetente



Gostaria de expressar minha indignação com a administração municipal comandada pelo prefeito Daniel da Padaria.
Alçado a Chefia do Executivo com quase 20.000 votos, em outubro de 2012, carregava consigo as esperanças da maior parte da população de nossa cidade, que ansiava por mudanças na forma de conduzir os destinos políticos de São Roque.
Pessoa de fala fácil e carisma inegável, Daniel da Padaria teve a sensibilidade de canalizar para si as aspirações das camadas mais humildes e também de setores abastados da cidade, que estavam descontentes com os rumos centralizadores ditados pela administração anterior.
O candidato vencedor fiou seus acordos vestindo uma roupagem dos tempos de nossos avós, pois tudo aquilo que prometia, sempre exortava a expressão ‘Fio de Bigode”, para dar garantia aos acordos e promessas que foram firmados na campanha.
A pureza do início da campanha foi ficando de lado, a medida que chegavam os oportunistas e investidores, que vieram cobrar a fatura após a vitória.
É evidente que o governo do prefeito Daniel começou a sofrer ataques de ineficiência e inoperância, muito antes do que qualquer outro mandatário que exerceu o cargo de prefeito em nossa cidade. O grupo que governou a cidade por três mandatos, mostrou um grande apego pelo poder e mesmo antes do tempo necessário para se julgar uma administração, já disparou suas baterias contra o novo prefeito. Talvez a forma truculenta de algumas atitudes do grupo do Prefeito Daniel durante a campanha, tenha deixado feridas que estão expostas até hoje.
Primeiro a ponte que desabou no último dia de governo do Prefeito Efaneu, o que poderia ser uma forma de demonstrar a eficiência e capacidade do novo governo, acabou sendo o primeiro grande pesadelo para nova administração. E depois de sete meses de tortura, no dia da inauguração nos trouxe cenas lamentáveis, quando membros da assessoria do prefeito acabaram partindo para cima do grupo Movimento de Expressão Sanroquense, que pleiteava uma audiência com o Prefeito Daniel, para tratar da possível redução da tarifa do transporte coletivo no município. Em falando de trapalhadas, Daniel anunciou em julho a redução de R$ 0,10 no preço da tarifa de ônibus, só que no dia que medida deveria entrar em vigor, o prefeito acabou voltando atrás..
A nomeação de mais de 280 pessoas em cargos comissionados, em sua maioria despreparadas para o exercício da função pública, mas com o “mérito” de ter apoiado a campanha do então candidatado Daniel da Padaria, acabou gerando uma desestruturação na administração municipal, o que colaborou para ineficiência do serviço público.  
Quem não se lembra da concessão da coleta de lixo para uma empresa que não tinha a mínima estrutura para realizar o serviço, mas a administração demorou um ano para enxergar e rescindir unilateralmente o contrato. E o que dizer do aluguel de veículos da prefeitura, o que acabou sucateando uma frota que tinha sido renovada em 2010.
Ainda em 2013, tivemos a contratação da Fundação Ibirapuera, para realização de estudos na área de administração pública pela bagatela de R$ 3.200.000,00, e o pior, sem licitação. Tivemos ainda a compra das lousas digitais, num pacote que custou quase R$ 4,8 milhões ao município e que até hoje existem coisas nebulosas sobre o assunto. Também várias dispensas de licitações para compra de cestas básica para os servidores municipais. A trapalhada no Pregão para aquisição de hortifrúti da Merenda Escolar que acabou indo parar na justiça, mas que teve final feliz para empresa vencedora.
No do mesmo ano de 2013, realizou-se um Pregão Presencial para compra de 100 playgrounds para escolas municipais, no valor de R$ 106.000,00 cada um, mas o curioso é que se esqueceram de que São Roque, somando creches, emeis e emefs, a soma final, fica muito aquém do número que o Pregão pretendia comprar. Acabaram comprando 10 pelo valor de R$ 1.060.000,00, o que acabou se tornando um escândalo, já que depois da instalação de CEI pela Câmara Municipal, descobriu-se que o preço de fábrica do brinquedo, não passava de R$ 36.000,00 e o resultado da CEI foi parar no MP, além do relatório ter servido como base, para o pedido de Impedimento do Prefeito Daniel, junto a Câmara Municipal, mas a matéria acabou sendo rejeitada por 8 votos a 7, contando para isso com o voto de minerva do ex-presidente da casa à época.
E o que falar da contratação da empresa de lixo por R$ 1.040.000,00 ao mês, quase 3 vezes o que se pagava em 2013. Podemos enumerar ainda frango a R$ 22,00 o kg para merenda, licitação da limpeza da cidade que ficou em mais de R$ 5.000.000,00, quando no governo anterior o custo era de R$ 1.600.000,00.
E o que falar das intimidações e das notícias mentirosa que nos faz lembrar Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista, que dizia que uma mentira repetida mil vezes acaba se tornando verdade.
Mas nada se compara a intervenção realizada na Santa Casa, sem critério, com uma série de falsas denúncias contra pessoas inocentes, passando por interventores despreparados, contratação de falsos médicos, que acabou colocando a cidade de forma negativa na mídia nacional, levando São Roque por semanas ao centro dos noticiários policiais, e como se não bastasse, no mês de outubro e novembro o hospital e Pronto Atendimento foram fechados e só passaram a fazer atendimentos de emergência. Conseguiram destruir a credibilidade de uma entidade de 148 anos.
Para finalizar, que credibilidade tem um governo que em 3 anos de mandato, não conseguiu inaugurar nenhuma obra, a não ser as foram deixadas pelo governo anterior. Talvez o único tiro certo, tenha sido a regulamentação do estacionamento rotativo, através da implantação dos parquímetros, mas mesmo assim, sem o devido comprovante que tornaria a arrecadação mais transparente.
Ah.... Ia me esquecendo e o que dizer da isenção de impostos ao empreendimento da JHSF, leia-se Shopping e Aeroporto, em detrimento do comércio local.
Já no início de 2016, assistimos à queda de braço do Prefeito Daniel que se omite e deixa na mão de assessores, a tarefa para arrochar o salário do funcionalismo municipal, oferecendo menos da metade da inflação do período como índice de reposição salarial e quando se depara com uma manifestação legitima dos servidores, declara a uma emissora de televisão que é movimento político.
Mas pelo visto, o funcionalismo está mais organizado do que nunca para enfrentar os embates que virão, frente ao arrocho salarial proposto pelo executivo, e este amadurecimento deixa de lado a política do “acerto”, praticada através dos anos.
O desfecho dessa página foi parar nos tribunais e os funcionários tiveram que aceitar as migalhas oferecidas pela administração, que alegou falta de recursos, mas continuou mantendo os apadrinhados em cargos de comissão, mesmo que para isso seja consumido quase 50% do orçamento municipal. 
Quando achamos que mais nada de nefasto poderia acontecer fomos surpreendidos no mês maio, com denúncia de suposto pagamento de “mensalinho”, envolvendo os oito vereadores da base aliada,  um empresário da cidade, além do próprio prefeito. Tal fato acabou gerando por parte da promotoria um Inquérito Civil e outro policial para a apuração dos fatos, que hoje corre em segredo de justiça.
E o que dizer da entrega da administração da Santa Casa para uma OS, que recebeu um terreno da prefeitura no valor R$ 4 milhões, com promessa de investimentos e transformação do hospital em referencia de atendimento. Mas o que vimos logo em seguida foi à destruição do patrimônio da Irmandade, e a promessa de um atendimento de primeiro mundo transformou-se em pesadelo para população de nossa cidade, já que médicos e funcionários entraram em greve por causa de salários atrasados, paralisando o atendimento do hospital, a exemplo do que tinha ocorrido em outubro de 2015.
Um governo incompetente como esse, não merece respeito e muitos menos confiança da população de São Roque. O que era esperança e sonho de construção de uma cidade melhor e mais justa, acabou se tornando um pesadelo que o povo não vê a hora de chegar ao fim.
                                                                                                          Vergonha!


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