Câmara limita acesso da imprensa e veta público durante votação de denúncia contra Temer



Restrição é semelhante à adotada no processo de impeachment de Dilma; sessão, porém, será mais simples






Daiene Cardoso, O Estado de S.Paulo
28 Julho 2017 | 23h10
BRASÍLIA - A Câmara dos Deputados limitou o acesso de jornalistas ao plenário da Casa na quarta-feira, 2, data da votação da denúncia contra o presidente Michel Temer, e vetou a presença de público na galeria durante a sessão. A restrição será semelhante à adotada na sessão que autorizou a abertura de processo de impeachment contra a presidente cassada Dilma Rousseff, em 17 de abril do ano passado.

Plenário da Câmara
Plenário da Câmara dos Deputados Foto: André Dusek/Estadão
Por questão de segurança, serão distribuídas apenas 30 senhas de acesso para jornalistas que queiram acompanhar a sessão. Ao total, a Casa tem 521 jornalistas com credencial permanente. Outras 120 senhas serão oferecidas para que os profissionais da imprensa acompanhem a votação da galeria. Servidores da Casa também terão acesso limitado ao plenário. A Secretaria de Comunicação da Câmara alegou que a restrição de acesso é imposta em eventos de grande relevância. 
A sessão deliberativa extraordinária começará às 9 horas, desde que haja o quórum mínimo de 51 parlamentares presentes. A votação, no entanto, só começará quando o quórum alcançar 342 presentes.
Os deputados serão chamados em ordem alfabética, por Estado, alternadamente do Norte para o Sul e vice-versa. No microfone, os parlamentares terão de responder “sim”, “não” ou “abstenção” ao parecer. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), optou por realizar uma sessão de votação mais simples, sem púlpito no meio do plenário com uma plataforma elevada para que os deputados declarem o voto. 

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