Escritora Clara Averbuck denuncia ser vítima de estupro de motorista de Uber

Empresa diz que motorista foi banido e que está à disposição para colaborar com as investigações.

Por G1 SP
 

Clara Averbuck denunciou ter sido vítima de estupro por motorista do Uber (Foto: Reprodução/Facebook/Clara Averbuck)Clara Averbuck denunciou ter sido vítima de estupro por motorista do Uber (Foto: Reprodução/Facebook/Clara Averbuck)
Clara Averbuck denunciou ter sido vítima de estupro por motorista do Uber (Foto: Reprodução/Facebook/Clara Averbuck)
A escritora Clara Averbuck denunciou ter sido vítima de estupro de um motorista do Uber. Ela disse que ainda está decidindo se vai prestar queixa na Delegacia da Mulher. "O mundo é um lugar horrível pra ser mulher", afirmou Clara, de 38 anos, que mora em São Paulo. A empresa afirmou que o motorista foi banido.
"Bom, virei estatística de novo. Queria chamar de 'tentativa de estupro', mas foi estupro mesmo", escreveu Clara. "Tava bêbada? Tava. F*-se. Não vou incorrer no mesmo erro de quando eu era adolescente e me culpar. Fui violada de novo, violada porque sou mulher, violada porque estava vulnerável e mesmo que não estivesse poderia ter acontecido também."
"O nojento do motorista do Uber aproveitou meu estado, minha saia, minha calcinha pequena e enfiou um dedo imundo em mim, ainda pagando de que estava ajudando 'a bêbada'. Estou machucada mas estou em casa e medicada pra me acalmar", escreveu.
Clara Averbuck postou nas redes sociais  (Foto: Reprodução/Facebook/Clara Averbuck)Clara Averbuck postou nas redes sociais  (Foto: Reprodução/Facebook/Clara Averbuck)
Clara Averbuck postou nas redes sociais (Foto: Reprodução/Facebook/Clara Averbuck)
A Uber disse em nota que "repudia qualquer tipo de violência contra mulheres. O motorista parceiro foi banido e estamos à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações. Acreditamos na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência contra a mulher."
Clara disse que ainda não decidiu se vai à Delegacia da Mulher. "Estou decidindo se quero me submeter à violência que é ir numa Delegacia da Mulher ser questionada, já que a violência sexual é o único crime que a vítima é que tem que provar. Não quero impunidade de criminoso sexual mas também não quero me submeter à violência de estado. Justamente por ter levado tantas mulheres na delegacia é que eu sei o que me espera. Estou ponderando."
"Estou com o olho roxo e a culpa de ter bebido e me colocado em posição vulnerável não me larga. A culpa não é minha. Eu sei. A dor, a raiva e a impotência também não me largam. Estou falando tudo isso para que todas as que me lêem saibam que pode acontecer com qualquer uma, a qualquer momento, e que o desamparo e o desespero são inevitáveis. O mundo é um lugar horrível pra ser mulher."
No ano passado, Clara postou ter sido vítima de estupro quando tinha 13 anos.
A escritora Clara Averbuck (Foto: Reprodução/GloboNews)A escritora Clara Averbuck (Foto: Reprodução/GloboNews)
A escritora Clara Averbuck (Foto: Reprodução/GloboNews)

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