247 - Michel Temer já iniciou a retaliação contra os deputados e partidos que não votaram para salvá-lo da denúncia de corrupção passiva votada pela Câmara Federal.
Segundo articuladores do governo ouvidos pela
Folha de S. Paulo, o número de demissões deve chegar a cerca de 140, e as demissões foram deflagradas depois de uma ameaça de rebelião em sua base no Congresso.
Foram demitidos, por exemplo, superintendentes regionais do Incra indicados pelos deputados Fernando Francischini (SD-PR), Laércio Oliveira (SD-SE) e Carlos Manato (SD-ES). O deputado Alan Rick (DEM-AC), que havia prometido votar com Temer e recuou, perdeu um cargo na Funasa no Acre.
Também foram exonerados um diretor da Agência Nacional de Mineração apadrinhado por Paulo Foletto (PSB-ES) e um delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário no Espírito Santo indicado por Manato.
O governo vai redistribuir esses cargos para premiar os deputados que ajudaram a barra a denúncia, além de negociar a aprovação de projetos de seu interesse e reabrir a discussão sobre a reforma da Previdência.
Persistem focos de insatisfação na base aliada, entretanto, principalmente em relação aos cargos ocupados pelo PSDB. Quase metade da bancada tucana votou contra Temer, mas o presidente quer evitar uma punição em massa ao partido para tentar conquistar votos a favor de sua agenda de reformas.
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