FHC JOGA AÉCIO AO MAR E DIZ QUE STF TEM PALAVRA FINAL

De Washington, onde fará palestra sobre o impacto político da corrupção na América Latina, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) lavou as mãos em relação ao senador Aécio Neves (PSDB), que foi afastado do mandato e obrigado a recolhimento domiciliar noturno pelo Supremo Tribunal Federal; para FHC, o Supremo "também tem problemas" mas "tem a decisão final" no Brasil; "O Supremo Tribunal, como guardião da Constituição, tem a decisão final. Ele decide e é isso", disse FHC na palestra, sem citar o nome do senador; para o ex-presidente, os brasileiros hoje depositam nos juízes do Supremo e não nas lideranças militares suas expectativas de solução da crise; "No passado, confrontados com uma crise como a atual, os brasileiros estariam especulando sobre a atuação dos generais de quatro estrelas. Hoje, a maiorias de nós não sabe nem seus nomes, enquanto os nomes dos 11 juízes do STF são nomes familiares", disse

28 DE SETEMBRO DE 2017 ÀS 15:17 // TV 247 NO YOUTUBE 

247 - De Washington, onde fará palestra sobre o impacto político da corrupção na América Latina, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) lavou as mãos em relação ao senador Aécio Neves (PSDB), que foi afastado do mandato e obrigado a recolhimento domiciliar noturno pelo Supremo Tribunal Federal. 

Para FHC, o Supremo "também tem problemas" mas "tem a decisão final" no Brasil. "O Supremo Tribunal, como guardião da Constituição, tem a decisão final. Ele decide e é isso", disse FHC na palestra, sem citar o nome do senador.

FHC destacou que os brasileiros hoje depositam nos juízes do Supremo e não nas lideranças militares suas expectativas de solução da crise. "No passado, confrontados com uma crise como a atual, os brasileiros estariam especulando sobre a atuação dos generais de quatro estrelas. Hoje, a maiorias de nós não sabe nem seus nomes, enquanto os nomes dos 11 juízes do STF são nomes familiares", disse.

O ex-presidente tucano disse que "não foi informado" de corrupção em seu governo. "Às vezes as pessoas dizem: 'claro que no seu governo havia corrupção'. Certamente, mas eu não fui informado, eu não era a favor, eu não permitia e essa não era a base em que meu governo se sustentava", disse FHC.

Segundo ele, os delitos de corrupção na época "eram atos individuais ou um misto de clientelismo com leniência". "Não eram um mecanismo fundamental para que um governo ganhasse ou mantivesse o poder", disse.