Maia humilha Temer: “me agradeça por ainda estar aí”

rolando
Basta a leitura da primeira resposta de Rodrigo Maia na entrevista que dá ao Estadão para ver que o que está senso proposto (se não imposto) a Michel Temer é a entrega do governo a ele e aos grupos governistas da Câmara.
Minha origem na Presidência da Câmara foi independente e o Michel tem de agradecer muito de eu ter sido eleito e não ter feito o que eu podia ter feito. Eu poderia, na minha primeira legislatura, ter trabalhado dizendo o tempo todo que o governo não me ajudou, porque ele só apoiou a minha candidatura nas últimas 24 horas. Mas eu abracei a agenda do governo porque eu acredito na agenda da equipe econômica. Não foi uma questão de “eu sou governo”. Agora, eu não misturo as coisas: o presidente da República e o presidente da Câmara têm uma relação institucional muito boa e essa relação se mantém boa. Mas, o que eu estou dizendo, como presidente da Câmara, é que a relação não será uma relação amanhã igual a que foi antes das duas denúncias se o governo não reorganizar a base.
A operação “Suma, Temer” está em pleno andamento, no qual a primeira etapa é tirar-lhe o governo de fato.
Na entrevista, os acenos de Maia para Henrique Meirelles são mais que evidentes. Fica claro que o presidente da Câmara quer montar com ele uma “aliança pró-mercado”.
Ainda não surgiram todas as cartas no jogo da sucessão, a única coisa que está nítida é que todos querem ficar no governo e mas sem o ônus de ser “o candidato do Temer”, o mico-preto eleitoral.
O difícil, como sabem bem os tucanos, é ficar só com o conforto dos cargos. Se Rodrigo Maia vai conseguir o que o Aroeira sugere na charge, não sei. Mas que o bichinho que o rola não chega a ser dos que mais atraia…

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