Estrangeiros que visitam a região devem estar
vacinados, diz Organização Mundial da Saúde
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Jamil Chade, O Estado de S.Paulo
16
Janeiro 2018 | 11h18
Atualizado 16 Janeiro 2018 | 14h51
Atualizado 16 Janeiro 2018 | 14h51
GENEBRA - A OMS passou a considerar nesta
terça-feira, 16, todo o Estado de São Paulo como área de risco de febre amarela e recomendou que todos os
estrangeiros que façam viagens à região estejam vacinados.
"Considerando o
nível elevado da atividade do vírus da febre amarela observado em todo o Estado
de São Paulo, a OMS determinou que, além de áreas listadas em avaliações
anteriores, o Estado de São Paulo inteiro deve ser também considerado como
risco de transmissão de febre amarela", apontou a entidade, em um
comunicado publicado nesta terça-feira. "Consequentemente, a
vacinação contra a febre amarela é recomendada para viajantes internacionais
quando visitando área no Estado de São Paulo", disse.
O número de mortes por febre amarela confirmadas no Estado de São Paulo
desde janeiro de 2017 subiu para 21, conforme dados da Secretaria de Estado da
Saúde. Somados, os 11 óbitos confirmados em
12 dias de 2018 são mais que o dobro dos 10 casos relatados em todo o ano
passado. Também houve aumento nos casos autóctones (transmissão interna) da
doença, que passaram de 29 para 40.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta
terça, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que todo o Estado estará
vacinado até o fim do ano. "Todos os 45 milhões de paulistas", reforçou. "Mas neste momento, temos que priorizar as
áreas de risco. São 54 cidades, 15 distritos da capital e
quem for viajar". Alckmin afirmou também que a vacina, ainda que
fracionada, tem o mesmo nível de eficácia.
No Estado do Rio, chegou a três o número de mortos por febre amarela. Desde julho, todos os 92 municípios do Estado do
Rio estão incluídos na área de recomendação da vacina, e a campanha de
vacinação permanece. A secretaria estadual de Saúde reforça a importância da
imunização.
Certificado internacional de vacinação é
obrigatório para entrar em alguns países Foto: Anvisa
O aumento de casos em São Paulo levou
a uma corrida aos postos pela vacina. A população tem chegado de madrugada e
enfrentado até seis horas de fila para conseguir se vacinar.
No Brasil, o governo anunciou que começará com a
campanha de vacinação em São Paulo, Minas Gerais e Bahia com doses fracionadas.
Segundo o cientista Alejandro Costa, da Iniciativa
para a Pesquisa de Vacinas da OMS, o governo brasileiro afirma ter evidências
da validade desse imunizante por oito anos. Em São Paulo, a campanha
começará em 29 de janeiro, conforme antecipou a coluna Direto da
Fonte, do 'Estado'.
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